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VERSOS 25-29

hṛdy aṅga dharmaṁ stanayor murārer
ṛtaṁ ca satyaṁ ca manasy athendum
śriyaṁ ca vakṣasy aravinda-hastāṁ
kaṇṭhe ca sāmāni samasta-rephān

indra-pradhānān amarān bhujeṣu
tat-karṇayoḥ kakubho dyauś ca mūrdhni
keśeṣu meghāñ chvasanaṁ nāsikāyām
akṣṇoś ca sūryaṁ vadane ca vahnim

vāṇyāṁ ca chandāṁsi rase jaleśaṁ
bhruvor niṣedhaṁ ca vidhiṁ ca pakṣmasu
ahaś ca rātriṁ ca parasya puṁso
manyuṁ lalāṭe ’dhara eva lobham

sparśe ca kāmaṁ nṛpa retasāmbhaḥ
pṛṣṭhe tv adharmaṁ kramaṇeṣu yajñam
chāyāsu mṛtyuṁ hasite ca māyāṁ
tanū-ruheṣv oṣadhi-jātayaś ca

nadīś ca nāḍīṣu śilā nakheṣu
buddhāv ajaṁ deva-gaṇān ṛṣīṁś ca
prāṇeṣu gātre sthira-jaṅgamāni
sarvāṇi bhūtāni dadarśa vīraḥ

hṛdi — dentro do coração; aṅga — meu querido rei Parīkṣit; dharmam — religião; stanayoḥ — no tórax; murāreḥ — de Murāri, a Suprema Personalidade de Deus; ṛtam — palavras muito agradáveis; ca — também; satyam — veracidade; ca — também; manasi — na mente; atha — em seguida; indum — a Lua; śriyam — a deusa da fortuna; ca — também; vakṣasi — no peito; aravinda-hastām — que sempre carrega uma flor de lótus em sua mão; kaṇṭhe — no pescoço; ca — também; sāmāni — todos os Vedas (Sāma, Yajur, Ṛg e Atharva); samasta-rephān — todas as vibrações sonoras; indra-pradhānān — encabeçados pelo rei Indra; amarān — todos os semideuses; bhujeṣu — nos braços; tat-­karṇayoḥ — nos ouvidos; kakubhaḥ — todas as direções; dyauḥ ca — os luzeiros; mūrdhni — no topo da cabeça; keśeṣu — dentro do cabe­lo; meghān — as nuvens; śvasanam — ar respirável; nāsikāyām — nas narinas; akṣṇoḥ ca — nos olhos; sūryam — o Sol; vadane — na boca; ca — também; vahnim — fogo; vāṇyām — em Sua fala; ca — também; chandāṁsi — os hinos védicos; rase — na língua; jala-īśam — o semi­deus da água; bhruvoḥ — sobre a sobrancelha; niṣedham — avisos; ca — também; vidhim — princípios reguladores; ca — também; pakṣma­su — nas pálpebras; ahaḥ ca — dia; rātrim — noite; ca — também; pa­rasya — da suprema; puṁsaḥ — da pessoa; manyum — ira; lalāṭe — na fronte; adhare — nos lábios; eva — na verdade; lobham — cobiça; spar­śe — no Seu tato; ca — também; kāmam — desejos luxuriosos; nṛpa — ó rei; retasā — pelo sêmen; ambhaḥ — água; pṛṣṭhe — nas costas; tu — mas; adharmam — irreligião; kramaṇeṣu — nas atividades maravilhosas; yajñam — sacrifício de fogo; chāyāsu — nas sombras; mṛtyum — morte; hasite — em Seu sorriso; ca — também; māyām — a energia ilusória; tanū-ruheṣu — nos pelos do corpo; oṣadhi-jātayaḥ — todas as espécies de medicamentos, ervas e plantas; ca — e; nadīḥ — os rios; ca — também; nāḍīṣu — nas veias; śilāḥ — pedras; nakheṣu — nas unhas; buddhau — na inteligência; ajam — o senhor Brahmā; deva-gaṇān — os semideu­ses; ṛṣīn ca — e os grandes sábios; prāṇeṣu — nos sentidos; gātre — no corpo; sthira-jaṅgamāni — móveis e inertes; sarvāṇi — todas elas; bhūtāni — entidades vivas; dadarśa — viu; vīraḥ — Bali Mahārāja.

Meu querido rei, no coração do Senhor Murāri, ele viu a religião; no tórax, as palavras agradáveis e a veracidade; na mente, a Lua; no peito, a deusa da fortuna, com uma flor de lótus em sua mão; no pescoço, todos os Vedas e todas as vibrações sonoras; nos braços, todos os semideuses, encabeçados por Indra; em ambos os ouvidos, todas as direções; na cabeça, os sistemas planetários superiores; no cabelo, as nuvens; nas narinas, o vento; nos olhos, o Sol; e na boca, o fogo. De Suas palavras, vieram todos os mantras védicos; sobre Sua língua estava o semideus da água, Varuṇadeva; sobre Suas sobrancelhas, estavam os princípios reguladores; e sobre Suas pálpe­bras, estavam o dia e a noite. [Quando os Seus olhos estavam abertos, era dia, e quando estavam fechados, era noite.] Em Sua fronte, estava a ira; e em Seus lábios, a cobiça. Ó rei, em Seu tato, estavam os de­sejos luxuriosos; em Seu sêmen, todas as águas; em Suas costas, a irreligião; e em Suas maravilhosas atividades ou passos, estava o fogo do sacrifício. Sobre Sua sombra, estava a morte; em Seu sorriso, a energia ilusória; e nos pelos de Seu corpo, todos os medicamentos e ervas. Em Suas veias, estavam todos os rios; em Suas unhas, todas as pedras; em Sua inteligência, estavam o senhor Brahmā, os semi­deuses e as grandes pessoas santas; e em todo o Seu corpo e sentidos, estavam todas as entidades vivas, móveis e inertes. Assim, Bali Mahārāja viu tudo no corpo gigantesco do Senhor.

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