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Para receber o favor da Suprema Personalidade de Deus, o rei Satyavrata passou a fazer a austeridade que consistia em subsistir apenas bebendo água. Certa vez, enquanto executava essa austeridade às margens do rio Kṛtamālā e apresentava na palma de sua mão oblações de água, ele encontrou um pequeno peixe. O peixe recor­reu ao rei, pedindo-lhe proteção, recomendando que este O manti­vesse em um lugar seguro. Embora o rei não soubesse que o peixinho era a própria Suprema Personalidade de Deus, na qualidade de rei, deu abrigo ao peixe e O manteve em uma jarra de água. O peixe, sendo a Suprema Personalidade de Deus, queria mostrar sua potência ao rei Satyavrata e, então, imediatamente expandiu Seu corpo de tal ma­neira que não pôde continuar sendo contido na jarra de água. Nesse momento, o rei colocou o peixe em um grande poço, mas o poço também se mostrou muito pequeno. Então, o rei dispôs o peixe em um lago, mas o lago também se revelou insuficiente. Por fim, o rei colocou o peixe no mar, mas nem mesmo o mar pôde acomodá-lO. Foi então que o rei entendeu que o peixe era simplesmente a Suprema Personalidade de Deus, e pediu ao Senhor que descrevesse Sua encarnação de peixe. A Personalidade de Deus, estando satisfeito com o rei, informou-lhe que, dentro de uma semana, haveria uma inundação em todo o universo e que a encarnação de peixe protegeria o rei, juntamente com os ṛṣis, as ervas, as sementes e outras entidades vivas, em um barco, que seria preso ao chifre do peixe. Após dizer isso, o Senhor desapareceu. O rei Satyavrata ofereceu respeitosas reverências ao Senhor Supremo e continuou a meditar nEle. No decorrer do tempo, sobreveio a aniquilação, e o rei viu um barco aproximando-se dele. Após embarcar com os brāhmaṇas eruditos e pessoas santas, ele ofereceu orações em adoração à Suprema Personalidade de Deus. O Senhor Supremo está situado no coração de todos e, em razão disso, no âmago do coração, ensinou a Mahārāja Satyavrata e às pessoas santas o conhecimento védico. Em seu próximo nascimento, o rei Satyavrata apareceu como Vaivasvata Manu, que é mencionado na Bhagavad-gītā. Vivasvān manave prāha: o deus do Sol falou a ciência da Bhagavad-gītā ao seu filho Manu. Como é filho de Vivasvān, esse Manu é conhecido como Vaivasvata Manu.

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