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VERSO 27

na vai veda mahā-bhāga
bhavān kāma-vaśaṁ gataḥ
tejo ’nubhāvaṁ sītāyā
yena nīto daśām imām

na — não; vai — na verdade; veda — sabias; mahā-bhāga — ó pessoa afortunadíssima; bhavān — tu; kāma-vaśam — influenciado por desejos luxuriosos; gataḥ — tendo-te tornado; tejaḥ — pelo prestígio; anubhā­vam — como resultado desse prestígio; sītāyāḥ — de mãe Sītā; yena — pelo qual; nītaḥ — trazido a; daśām — uma condição; imām — como esta (destruição).

Ó pessoa afortunadíssima, tu te deixaste influenciar por desejos luxu­riosos e, portanto, não pudeste entender a influência de mãe Sītā. Agora, devido à maldição que ela lançou, foste reduzido a este esta­do, tendo sido morto pelo Senhor Rāmacandra.

SIGNIFICADO—Não apenas mãe Sītā era poderosa, mas qualquer mulher que siga os passos de mãe Sītā pode adquirir um poder semelhante ao dela. Na história da literatura védica, existem muitos desses exemplos. Sempre que encontramos uma descrição de mulheres castas ideais, mãe Sītā está entre elas. Mandodarī, a esposa de Rāvaṇa, também era muito casta. Igualmente, Draupadī está incluída entre as cinco mulheres castas mais exce­lentes. Assim como os homens devem seguir grandes personalidades como Brahmā e Nārada, as mulheres devem seguir o caminho de mulheres ideais como Sītā, Mandodarī e Draupadī. Permanecendo casta e fiel ao seu esposo, a mulher se enriquece com poder sobrenatural. É um princípio moral que ninguém deve deixar-se influenciar por desejos luxuriosos perante a esposa de outrem. Mā­tṛvat para-dāreṣu: a pessoa inteligente deve ver a esposa de outrem como sendo sua mãe. Esse é um preceito moral ensinado no Cāṇakya­-śloka (10).

mātṛvat para-dāreṣu
para-dravyeṣu loṣṭravat
ātmavat sarva-bhūteṣu
yaḥ paśyati sa paṇḍitaḥ

“Aquele que considera a esposa alheia como sua mãe, a posse alheia como um monte de areia e trata todos os outros seres vivos como trataria a si mesmo, deve ser considerado erudito.” Portanto, Rāvaṇa foi condenado não apenas pelo Senhor Rāmacandra, mas até mesmo por sua própria esposa, Mandodarī. Porque ela era uma mulher casta, ela conhecia o poder de outra mulher casta, especial­mente se essa mulher era alguém como mãe Sītādevī.

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