No edit permissions for Português

VERSOS 5-6

tasya satyavatīṁ kanyām
ṛcīko ’yācata dvijaḥ
varaṁ visadṛśaṁ matvā
gādhir bhārgavam abravīt

ekataḥ śyāma-karṇānāṁ
hayānāṁ candra-varcasām
sahasraṁ dīyatāṁ śulkaṁ
kanyāyāḥ kuśikā vayam

tasya — de Gādhi; satyavatīm — Satyavatī; kanyām — a filha; ṛcīkaḥ — o grande sábio Ṛcīka; ayācata — pediu; dvijaḥ — o brāhmaṇa; varam — como esposo dela; visadṛśam — não igual ou digno; matvā — pensando assim; gādhiḥ — o rei Gādhi; bhārgavam — a Ṛcīka; abravīt — respondeu; ekataḥ — com um; śyāma-karṇānām — cuja orelha é negra; hayānām — cavalos; candra-varcasām — tão brilhantes como o luar; sahasram — mil; dīyatām — por favor, entrega; śulkam — como dote; kanyāyāḥ — à minha filha; kuśikāḥ — da família de Kuśa; vayam — nós (somos).

O rei Gādhi tinha uma filha chamada Satyavatī, e Ṛcīka, um sábio e brāhmaṇa, pediu ao rei que ela fosse sua esposa. O rei Gādhi, en­tretanto, considerava Ṛcīka um esposo indigno de sua filha, de modo que disse ao brāhmaṇa: “Meu querido senhor, pertenço à dinastia de Kuśa. Porque somos kṣatriyas aristocráticos, tens de dar algum dote à minha filha. Portanto, traze pelo menos mil cavalos, cada um deles tão brilhante como o luar e cada um com uma orelha negra, seja a direita, seja a esquerda.”

SIGNIFICADOO filho do rei Gādhi era Viśvāmitra, que, segundo diziam, era brāhmaṇa e kṣatriya ao mesmo tempo. Viśvāmitra alcançou o status de brahmarṣi, como se explicará mais tarde. Do casamento de Satya­vatī com Ṛcīka Muni, surgiria um filho com espírito kṣatriya. O rei Gādhi impôs que um pedido incomum fosse satisfeito para que o brāhmaṇa Ṛcīka pudesse casar-se com sua filha.

« Previous Next »