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VERSO 17

dhṛṣṭād dhārṣṭam abhūt kṣatraṁ
brahma-bhūyaṁ gataṁ kṣitau
nṛgasya vaṁśaḥ sumatir
bhūtajyotis tato vasuḥ

dhṛṣṭāt — de Dhṛṣṭa, outro filho de Manu; dhārṣṭam — uma casta chamada dhārṣṭa; abhūt — foi produzida; kṣatram — pertencente ao grupo kṣatriya; brahma-bhūyam — a posição de brāhmaṇas; gatam — alcançou; kṣitau — na superfície do mundo; nṛgasya — de Nṛga, outro filho de Manu; vaṁśaḥ — a dinastia; sumatiḥ — chamada Sumati; bhūtajyotiḥ — chamado Bhūtajyoti; tataḥ — em seguida; vasuḥ — chamado Vasu.

Do filho de Manu chamado Dhṛṣṭa, surgiu uma casta de kṣatriyas chamada dhārṣṭa, cujos membros alcançaram a posi­ção de brāhmaṇas neste mundo. Então, do filho de Manu chamado Nṛga, surgiu Sumati. De Sumati, surgiu Bhūtajyoti, e de Bhūtajyoti, veio Vasu.

SIGNIFICADO—Aqui, afirma-se que kṣatraṁ brahma-bhūyaṁ gataṁ kṣitau: Em­bora pertencessem à casta kṣatriya, os dhārṣṭas foram capazes de converter-se em brāhmaṇas. Isso claramente sustenta a seguinte afir­mação de Nārada (Śrīmad-Bhāgavatam 7.11.35):

yasya yal lakṣaṇaṁ proktaṁ
puṁso varṇābhivyañjakam
yad anyatrāpi dṛśyeta
tat tenaiva vinirdiśet

Se, em um determinado grupo, são encontradas as qualidades dos homens que compõem outro grupo, o primeiro deve ser reconhecido por suas qualidades, por suas características, e não pela casta fami­liar na qual seus membros integrantes nasceram. De modo algum é o nascimento um fator importante, pois o que toda a literatura vé­dica de fato enfatiza são as qualidades da pessoa.

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