VERSOS 35-36
jyāmaghas tv aprajo ’py anyāṁ
bhāryāṁ śaibyā-patir bhayāt
nāvindac chatru-bhavanād
bhojyāṁ kanyām ahāraṣīt
ratha-sthāṁ tāṁ nirīkṣyāha
śaibyā patim amarṣitā
keyaṁ kuhaka mat-sthānaṁ
ratham āropiteti vai
snuṣā tavety abhihite
smayantī patim abravīt
jyāmaghaḥ — o rei Jyāmagha; tu — na verdade; aprajaḥ api — embora sem progênie; anyām — outra; bhāryām — esposa; śaibyā-patiḥ — porque ele era o esposo de Śaibyā; bhayāt — por temor; na avindat — não aceitou; śatru-bhavanāt — do campo inimigo; bhojyām — uma prostituta usada para o gozo dos sentidos; kanyām — jovem; ahāraṣīt — trouxe; ratha-sthām — que estava sentada na quadriga; tām — a ela; nirīkṣya — vendo; āha — disse; śaibyā — Śaibyā, a esposa de Jyāmagha; patim — ao seu esposo; amarṣitā — estando muito irada; kā iyam — quem é esta; kuhaka — seu trapaceiro; mat-sthānam — meu lugar; ratham — na quadriga; āropitā — teve a permissão de se sentar; iti — assim; vai — na verdade; snuṣā — nora; tava — tua; iti — assim; abhihite — sendo informada; smayantī — sorridente; patim — ao seu esposo; abravīt — disse.
Jyāmagha não tinha filhos, mas, como temia sua esposa, Śaibyā, ele não pôde aceitar outra esposa. Jyāmagha certa vez tomou da casa de um certo inimigo real uma jovem prostituta, mas, ao vê-la, Śaibyā ficou muito irada e disse ao seu esposo: “Meu esposo traidor! Quem é esta jovem que ocupa o meu assento na quadriga?” Jyāmagha respondeu, então: “Esta jovem será tua nora.” Ao ouvir essas palavras jocosas, Śaibyā sorriu e respondeu.