VERSO 7
tvat-tejasā dharma-mayena saṁhṛtaṁ
tamaḥ prakāśaś ca dṛśo mahātmanām
duratyayas te mahimā girāṁ pate
tvad-rūpam etat sad-asat parāvaram
tvat-tejasā — através de tua refulgência; dharma-mayena — que está repleta de princípios religiosos; saṁhṛtam — dissipada; tamaḥ — escuridão; prakāśaḥ ca — iluminação também; dṛśaḥ — de todas as direções; mahā-ātmanām — das grandes personalidades eruditas; duratyayaḥ — insuperáveis; te — tuas; mahimā — glórias; girām pate — ó mestre da fala; tvat-rūpam — tua manifestação; etat — isto; sat-asat — manifesto e imanifesto; para-avaram — superior e inferior.
Ó mestre da fala, com tua refulgência, repleta de princípios religiosos, dissipa-se a escuridão do mundo e manifesta-se o conhecimento das pessoas eruditas ou das grandes almas. Na verdade, ninguém pode suplantar tua refulgência, pois todas as coisas, manifestas ou imanifestas, grosseiras ou sutis, superiores ou inferiores, são simplesmente várias de tuas formas que se manifestam através de tua refulgência.
SIGNIFICADO—Sem iluminação, nada pode ser visto, especialmente neste mundo material. A iluminação deste mundo emana da refulgência do Sudarśana, a visão original da Suprema Personalidade de Deus. Os princípios luminosos que há no Sol, na Lua e no fogo emanam do Sudarśana. De modo semelhante, a iluminação através do conhecimento também provém do Sudarśana porque, com a iluminação do Sudarśana, podem-se distinguir os vários diferentes objetos, o superior e o inferior. De um modo geral, aceita-se como imensamente superior um yogī tão poderoso como Durvāsā Muni, mas, se essa pessoa é perseguida pelo Sudarśana-cakra, podemos ver sua verdadeira identidade e compreender sua grande inferioridade devido a como trata os devotos.