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VERSO 2

adhaś cordhvaṁ prasṛtās tasya śākhā
guṇa-pravṛddhā viṣaya-pravālāḥ
adhaś ca mūlāny anusantatāni
karmānubandhīni manuṣya-loke

adhaḥ—para baixo; ca—e; ūrdhvam—para cima; prasṛtāḥ—estendidos; tasya—seus; śākhāḥ—galhos; guṇa—pelos modos da natureza material; pravṛddhāḥ—desenvolvidos; viṣaya—objetos dos sentidos; pravālāḥ—brotos; adhaḥ—para baixo; ca—e; mūlāni—raízes; anusantatāni—estendidas; karma—ao trabalho; anubandhīni—atadas; manuṣya-loke—no mundo da sociedade humana.

Os galhos desta árvore se estendem para baixo e para cima, nutridos pelos três modos da natureza material. Os brotos são os objetos dos sentidos. Esta árvore também tem raízes que descem, e estas estão atadas às ações fruitivas da sociedade humana.

A descrição da figueira-de-bengala continua a ser explicada aqui. Seus galhos se espalham em todas as direções. Na parte inferior, há variadas manifestações de entidades vivas — seres humanos, animais, cavalos, vacas, cachorros, gatos, etc. Estas se situam nos galhos da parte inferior, ao passo que na parte superior estão formas superiores de entidades vivas: os semideuses, os Gandharvas e muitas outras espécies de vida superior. Assim como uma árvore é nutrida pela água, esta árvore também é nutrida pelos três modos da natureza material. Às vezes vemos uma terra árida por falta de água, e às vezes uma terra muito verdejante; da mesma maneira, de acordo com a participação dos diferentes modos da natureza material, há uma correspondente manifestação das diferentes espécies de vida.

Considera-se que os brotos da árvore são os objetos dos sentidos. Com o desenvolvimento dos diferentes modos da natureza, desenvolvemos diferentes sentidos, e com os sentidos desfrutamos diferentes variedades de objetos dos sentidos. As pontas dos galhos são os sentidos — os ouvidos, o nariz, os olhos, etc. — com os quais se obtém o prazer dos diferentes objetos dos sentidos. Os brotos desta árvore são os objetos dos sentidos em si, como o som, a forma, o tato, etc. As raízes subsidiárias são os apegos e as aversões, que são subprodutos das diferentes variedades de sofrimento e gozo dos sentidos. Considera-se que as tendências à piedade e impiedade desenvolvem-se destas raízes secundárias, que se espalham em todas as direções. A verdadeira raiz vem de Brahmaloka, e as outras raízes estão nos sistemas planetários humanos. Depois de gozar os resultados das atividades virtuosas nos sistemas planetários superiores, o homem desce a esta Terra e renova seu karma, ou atividades fruitivas através das quais procura elevar-se. Este planeta de seres humanos é considerado o campo de atividades.

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