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VERSO 1

sa prasīdatu caitanya-
devo yasya prasādataḥ
tal-līlā-varṇane yogyaḥ
sadyaḥ syād adhamo ’py ayam

saḥ — Ele; prasīdatu — possa outorgar Suas bênçãos; caitanya-devaḥ — o Senhor Śrī Caitanya Mahāprabhu; yasya — de quem; prasādataḥ — pela graça; tat-līlā — Seus passatempos; varṇane — na descrição; yogyaḥ — capaz; sadyaḥ — imediatamente; syāt — torna-se possível; adhamaḥ — o mais caído; api — embora; ayam — eu seja.

Desejo a graça do Senhor Caitanya Mahāprabhu, por cuja misericórdia mesmo aquele que é caído pode descrever os passatempos do Senhor.

SIGNIFICADO—Para descrever Śrī Caitanya Mahāprabhu ou o Senhor Śrī Kṛṣṇa, necessita-se de poder sobrenatural, que é a graça e misericórdia do Senhor. Sem essa graça e misericórdia, não se pode compor literatura transcendental. No entanto, por intermédio da graça do Senhor, mesmo aquele que é inapto para a carreira literária pode descrever assuntos transcendentais maravilhosos. A descrição de Kṛṣṇa é possível para aquele que está investido de poder. Kṛṣṇa-śakti vinā nahe tāra pravartana (Caitanya-caritāmṛta, Antya 7.11). A menos que alguém seja agraciado com a misericórdia do Senhor, não pode pregar o nome, fama, qualidade, forma, séquito, etc. do Senhor. Portanto, deve-se concluir que a descrição do Caitanya-caritāmṛta por parte de Kṛṣṇadāsa Kavirāja Gosvāmī manifesta a misericórdia específica concedida ao autor, embora ele se julgue o mais caído. Não devemos considerá-lo caído por ele se declarar como tal. Pelo contrário, qualquer pessoa que seja capaz de compor semelhante literatura transcendental é nosso mestre estimado.

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