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VERSO 23

ghare āilā prabhu bahu lañā dhana-jana
tattva-jñāne kailā śacīra duḥkha vimocana

ghare — lar; āilā — regressou; prabhu — o Senhor; bahu — bastante; lañā — trazendo; dhana — riquezas; jana — seguidores; tattva-jñāne — pelo conhecimento transcendental; kaila — fez; śacīra — de Śacīmātā; duḥkha — a tristeza; vimocana — aliviando.

Quando o Senhor retornou para casa, trazendo muitas riquezas e muitos seguidores, o Senhor falou a Śacīdevī sobre o conhecimento transcendental para aliviá-la do pesar que a afligia.

SIGNIFICADO—Afirma-se na Bhagavad-gītā (2.13):

dehino ’smin yathā dehe
kaumāraṁ yauvanaṁ jarā

tathā dehāntara-prāptir
dhīras tatra na muhyati

“Assim como a alma corporificada continuamente passa, neste corpo, da infância à juventude e à velhice, analogamente, a alma passa para outro corpo à hora da morte. Semelhante mudança não confunde a alma autorrealizada.” Tais versos da Bhagavad-gītā ou de qualquer outra obra védica dão instruções valiosas sobre a ocasião da morte de alguém. Discutindo tais instruções da Bhagavad-gītā ou do Śrīmad-Bhāgavatam, um homem sóbrio pode, com certeza, compreender que a alma nunca morre: ela passa de um corpo a outro, e isso se chama transmigração da alma. A alma vem a este mundo material e cria relacionamentos corpóreos com pai, mãe, irmãs, irmãos, esposa e filhos, mas todos esses relacionamentos pertencem ao corpo, e não à alma. Portanto, como descreve a Bhagavad-gītā, dhīras-tatra na muhyati: quem é sóbrio não se perturba com tais mudanças fenomenais dentro deste mundo material. Essas instruções se chamam tattva-kathā, ou verdade real.

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