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VERSO 25

tabe viṣṇupriyā-ṭhākurāṇīra pariṇaya
tabe ta’ karila prabhu digvijayī jaya

tabe — depois disso; viṣṇupriyā — chamada Viṣṇupriya; ṭhakurāṇīra — da deusa da fortuna; pariṇaya — casamento; tabe ta’ — depois disso; karila — fez; prabhu — o Senhor; dig-vijayī — o campeão; jaya — conquista.

Então, o Senhor Caitanya desposou Viṣṇupriya, a deusa da fortuna, após o que venceu um campeão de erudição chamado Keśava Kāśmīrī.

SIGNIFICADO—Assim como hoje em dia existem muitos campeões no esporte, da mesma forma, outrora, havia muitos estudiosos eruditos na Índia que eram campeões de erudição. Uma dessas pessoas foi Keśava Kāśmīrī, oriundo do estado da Caxemira. Ele viajava por toda a Índia e, por fim, chegou a Navadvīpa para desafiar os estudiosos eruditos dali. Infelizmente, não pôde vencer os estudiosos eruditos de Navadvīpa, pois foi derrotado pelo erudito menino Caitanya Mahāprabhu. Mais tarde, compreendeu que Caitanya Mahāprabhu não é outro senão a Suprema Personalidade de Deus. Assim, rendeu-se a Ele e, mais tarde, tornou-se um vaiṣṇava puro no sampradāya de Nimbārka. Ele escreveu o Kaustubha-prabhā, um comentário sobre o comentário do Vedānta do Nimbārka-sampradāya, que é conhecido como Pārijāta-bhāṣya.

O Bhakti-ratnākara menciona Keśava Kāśmīrī e relaciona seus predecessores na sucessão discipular do Nimbārka-sampradāya: (1) Śrīnivāsa Ācārya, (2) Viśva Ācārya, (3) Puruṣottama, (4) Vilāsa (5) Svarūpa, (6) Mādhava, (7) Balabhadra, (8) Padma, (9) Śyāma (10) Gopāla, (11) Kṛpā, (12) Deva Ācārya, (13) Sundara Bhaṭṭa, (14) Padmanābha, (15) Upendra, (16) Rāmacandra, (17) Vāmana, (18) Kṛṣṇa, (19) Padmākara, (20) Śravaṇa, (21) Bhūri, (22) Mādhava, (23) Śyāma, (24) Gopāla, (25) Balabhadra, (26) Gopīnātha, (27) Keśava, (28) Gokula e (29) Keśava Kāśmīrī. Afirma-se no Bhakti-ratnākara que Keśava Kāśmīrī era um devoto favorito de mãe Sarasvatī, a deusa da sabedoria. Pela graça dela, ele era um estudioso extremamente influente, sendo o grande campeão entre todos os eruditos dos quatro cantos do país. Portanto, recebeu o título dig-vijayī, que significa “aquele que derrotou todos em todas as direções”. Ele pertencia a uma respeitável família de brāhmaṇas da Caxemira. Mais tarde, por ordem de Śrī Caitanya Mahāprabhu, abandonou a profissão de ganhar campeonatos e tornou-se um grande devoto. Juntou-se ao Nimbārka-sampradāya, uma das comunidades vaiṣṇavas da cultura védica.

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