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VERSO 128

āra yadi kīrtana karite lāga pāimu
sarvasva daṇḍiyā tāra jāti ye la-imu

āra — outra vez; yadi — se; kīrtana — o cantar do mahā-mantra Hare Kṛṣṇa; karite — fazer; lāga — contato; pāimu — tomarei; sarva-sva — todas as posses; daṇḍiyā — castigando; tāra — sua; jāti — casta; ye — isso; la-imu tomarei.

“A próxima vez que eu vir alguém executando esse saṅkīrtana, decerto o castigarei, não somente confiscando toda a sua propriedade, mas também o convertendo em muçulmano.”

SIGNIFICADO—Converter um hindu em muçulmano era uma operação fácil naqueles dias. Caso um muçulmano simplesmente borrifasse água no corpo de um hindu, supunha-se que o hindu já se tornara muçulmano. Durante a dominação dos britânicos em Bangladesh, durante as últimas rixas entre hindus e muçulmanos, muitos hindus foram convertidos em muçulmanos ao serem forçados a comer carne de vaca. A sociedade hindu era tão rígida na época do Senhor Caitanya que, se um hindu fosse convertido em muçulmano, não havia possibilidade de se regenerar. Dessa maneira, a população muçulmana na Índia aumentou. Nenhum dos muçulmanos vieram de fora: de alguma forma, os costumes sociais forçaram hindus a se tornarem muçulmanos, sem qualquer possibilidade de retornar à sociedade hindu. O imperador Aurangzeb também inaugurou uma taxa que os hindus tinham que pagar pelo fato de serem hindus. Assim, todos os hindus pobres da classe mais baixa se tornaram muçulmanos voluntariamente para evitarem a taxa. Dessa maneira, a população muçulmana na Índia aumentou. O Chand Kazi ameaçou converter as pessoas em muçulmanos pelo simples processo de borrifar água em seus corpos.

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