No edit permissions for Português

VERSO 17

munayo vāta-vāsanāḥ
śramaṇā ūrdhva-manthinaḥ
brahmākhyaṁ dhāma te yānti
śāntāḥ sannyāsino ’malāḥ

munayaḥ — santos; vāta-vāsanāḥ — nus; śramaṇāḥ — que se submetem a rigorosas penitências físicas; ūrddhva — elevado; manthinaḥ — cujo sêmen; brahma-ākhyam — conhecida como Brahmaloka; dhāma — à morada; te — eles; yānti — vão; śāntāḥ — equilibrados em Brahman; sannyāsinaḥ — que estão na ordem de vida renunciada; amalāḥ — puros.

“Santos e sannyāsīs nus que se submetem a rigorosas penitências físicas, que podem elevar o sêmen até o cérebro e que são plenamente equilibrados em Brahman podem viver na região conhecida como Brahmaloka.”

SIGNIFICADO—Neste verso do Śrīmad-Bhāgavatam (11.6.47), vāta-vāsanāḥ refere-se a mendicantes que não se interessam por nada material, nem mesmo roupas, mas que dependem exclusivamente da natureza. Semelhantes sábios não cobrem seus corpos nem mesmo no inverno rigoroso ou sob sol abrasador. Aceitam grandes dores por não evitarem nenhuma espécie de sofrimento corpóreo e mendigam de porta em porta. Jamais ejaculam seu sêmen, quer consciente, quer inconscientemente. Por observarem celibato, são capazes de sublimar o sêmen ao cérebro. Assim, tornam-se muito inteligentes e desenvolvem uma memória muito forte. Sua mente nunca se perturba nem se desvia de contemplar a Verdade Absoluta, tampouco se deixa contaminar pelo desejo de gozo material. Praticando austeridades sob disciplina estrita, tais mendicantes atingem um estado neutro, transcendental aos modos da natureza, e fundem-se no Brahman impessoal.

« Previous Next »