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VERSO 102

āniyā kṛṣṇere karoṅ kīrtana sañcāra
tabe se ‘advaita’ nāma saphala āmāra

āniyā — trazendo; kṛṣṇere — o Senhor Kṛṣṇa; karoṅ — faço; kīrtana — canto do santo nome; sañcāra — advento; tabe — então; se — este; advaita — não-dual; nāma — nome; sa-phala — satisfeito; āmāra — Meu.

“Meu nome, ‘Advaita’, será apropriado caso Eu seja capaz de induzir Kṛṣṇa a inaugurar o movimento do canto do santo nome.”

SIGNIFICADO—O filósofo māyāvādī não-dualista, que equivocadamente crê não ser diferente do Senhor, é incapaz de invocá-lO como o fez Advaita Prabhu. Apesar de Advaita Prabhu não ser diferente do Senhor, Ele, em Sua relação com o Senhor, não Se funde nEle, senão que Lhe presta serviço eternamente como uma porção plenária. Isso é inconcebível para os māyāvādīs, pois eles pensam em termos da percepção sensorial mundana e, por isso, acham que o não-dualismo implica necessariamente na perda da identidade distinta. No entanto, este verso deixa claro que Advaita Prabhu, embora mantenha Sua identidade distinta, não é diferente do Senhor.

Śrī Caitanya Mahāprabhu pregou a filosofia de que tudo é simultânea e inconcebivelmente igual ao Senhor e diferente dEle. Dualismo e monismo concebíveis são concepções dos sentidos imperfeitos, que são incapazes de atingir a Transcendência, pois a Transcendência está além da concepção de potência limitada. Contudo, as ações de Śrī Advaita Prabhu são prova tangível de não-dualismo inconcebível. Portanto, quem se render a Śrī Advaita Prabhu poderá facilmente seguir a filosofia de inconcebíveis e simultâneos dualismo e monismo.

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