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VERSO 155

akṣaṇvatāṁ phalam idaṁ na paraṁ vidāmaḥ
sakhyaḥ paśūn anuviveśayator vayasyaiḥ
vaktraṁ vrajeśa-sutayor anuveṇu-juṣṭaṁ
yair vā nipītam anurakta-kaṭākṣa-mokṣam

akṣaṇ-vatām — daqueles que têm olhos; phalam — o fruto; idam — este; na — não; param — outro; vidāmaḥ — conhecemos; sakhyaḥ — ó amigas; paśūn — as vacas; anuviveśayatoḥ — tocando de uma floresta a outra; vayasyaiḥ — com Seus amigos da mesma idade; vaktram — os rostos; vraja-īśa — de Mahārāja Nanda; sutayoḥ — dos dois filhos; anuveṇu-juṣṭam — possuindo flautas; yaiḥ— com o que; — ou; nipītam — embebidos; anurakta — amorosos; kaṭākṣa — olhares; mokṣam — lançando.

[As gopīs dizem:] “Ó amigas, os olhos que veem as belas faces dos filhos de Mahārāja Nanda são certamente afortunados. Enquanto esses dois filhos entram na floresta, rodeados por Seus amigos, tocando as vacas à Sua frente, Eles seguram as flautas em Sua boca e lançam olhares amorosos para os residentes de Vṛndāvana. Para aqueles que têm olhos, julgamos não haver um objeto de visão superior.”

SIGNIFICADO—Assim como as gopīs, quem é afortunado o bastante pode ver Kṛṣṇa constantemente. Na Brahma-saṁhitā, se diz que sábios cujos olhos foram untados com o bálsamo do amor puro podem ver a forma de Śyamasundara (Kṛṣṇa) continuamente no âmago de seus corações. Esse verso do Śrīmad-Bhāgavatam (10.21.7) foi cantado pelas gopīs no advento da estação śarat.

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