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VERSO 35

‘bhavet’ kriyā vidhiliṅ, sei ihā kaya
kartavya avaśya ei, anyathā pratyavāya

bhavetbhavet; kriyā — o verbo; vidhi-liṅ — um preceito do modo imperativo; sei — isso; ihā — aqui; kaya — diz; kartavya — a ser feito; avaśya — com certeza; ei — isto; anyathā — caso contrário; pratyavāya — detrimento.

O uso do verbo “bhavet” aqui, no modo imperativo, nos diz que com certeza isso deve ser feito. O não-cumprimento seria abandono do dever.

SIGNIFICADO—Este imperativo é aplicável aos devotos puros. Os neófitos só serão capazes de compreender esses romances após elevarem-se mediante a prática de serviço devocional regulado sob a hábil orientação do mestre espiritual. Então, serão também aptos para ouvir as aventuras amorosas entre Rādhā e Kṛṣṇa.

Enquanto estejamos na vida condicionada material, faz-se necessária a disciplina estrita quanto a atividades morais e imorais. O mundo absoluto é transcendental e livre de semelhantes distinções, porque lá não é possível o inebriamento. Neste mundo material, porém, o apetite sexual torna indispensável a distinção entre conduta moral e imoral. Não há atividades sexuais no mundo espiritual. As relações entre amante e amada no mundo espiritual são amor transcendental puro e bem-aventurança inalterada.

Quem não se sentir atraído pela beleza transcendental de rasa com certeza será arrastado para a atração material, para assim agir em contaminação material e progredir até a região mais escura da vida infernal. Porém, compreendendo o amor conjugal de Rādhā e Kṛṣṇa, livramo-nos das garras da atração material ao dito amor entre homem e mulher. Da mesma forma, quem compreender o amor paternal puro de Nanda e Yaśodā por Kṛṣṇa ficará a salvo de ser arrastado para a afeição paterna material. Para quem aceitar Kṛṣṇa como o amigo supremo, a atração da amizade material chegará ao fim, e a dita amizade de argumentadores mundanos não o desalentará. Quem se sentir atraído pela servidão a Kṛṣṇa não terá mais que servir ao corpo material no estado degradado de existência material com a falsa esperança de tornar-se senhor no futuro. De modo semelhante, aquele que vir a grandeza de Kṛṣṇa em neutralidade com certeza não buscará novamente o dito alívio da filosofia impersonalista ou niilista. Quem não se sente atraído pela natureza transcendental de Kṛṣṇa com certeza deixa-se atrair pelo gozo material, emaranhando-se, dessa maneira, na rede viscosa de atividades virtuosas e pecaminosas, e continua a existência material transmigrando de um corpo material a outro. Somente em consciência de Kṛṣṇa pode alguém alcançar a perfeição máxima da vida.

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