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VERSO 5

mūka kavitva kare yāṅ-sabāra smaraṇe
paṅgu giri laṅghe, andha dekhe tārā-gaṇe

mūka — mudo; kavitva — poeta; kare — torna-se; yāṅ — cujos; sabāra — todos; smaraṇe — por lembrar-se; paṅgu — o aleijado; giri — montanhas; laṅghe — transpõe; andha — cego; dekhe — vê; tārā-gaṇe — as estrelas.

Por lembrar-se dos pés de lótus do Pañca-tattva, um mudo pode tornar-se um poeta, um aleijado pode transpor montanhas e um cego pode ver as estrelas no céu.

SIGNIFICADO—Na filosofia vaiṣṇava, há três maneiras de alcançar a perfeição – a saber, sādhana-siddha, perfeição alcançada mediante a execução de serviço devocional segundo as regras e regulações; nitya-siddha, perfeição alcançada por quem não se esquece de Kṛṣṇa em tempo algum, e kṛpā-siddha, perfeição alcançada pela misericórdia do mestre espiritual ou de um vaiṣṇava. Neste verso, Kavirāja Gosvāmī enfatiza kṛpā-siddha, a perfeição pela misericórdia de autoridades superiores. Essa misericórdia não depende das qualificações do devoto. Por tal misericórdia, mesmo que um devoto seja mudo, ele pode falar ou escrever esplendidamente para glorificar o Senhor; mesmo que seja aleijado, pode transpor montanhas, e mesmo que seja cego, pode ver as estrelas no céu.

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