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VERSO 268

‘sāyujya’ śunite bhaktera haya ghṛṇā-bhaya
naraka vāñchaye, tabu sāyujya nā laya

sāyujya — liberação por se fundir na refulgência; śunite — nem mesmo ouvir; bhaktera — do devoto; haya — há; ghṛṇā — repugnância; bhaya — temor; naraka — uma condição de vida infernal; ñchaye — deseja; tabu — ainda assim; sāyujya — fundir-se na refulgência do Senhor; nā laya — não aceita jamais.

“O devoto puro não gosta nem mesmo de ouvir sobre sāyujya-mukti, que lhe inspira temor e repugnância. Na verdade, o devoto puro preferiria ir para o inferno a se fundir na refulgência do Senhor.”

SIGNIFICADO—Śrīla Prabodhānanda Sarasvatī canta: kaivalyaṁ narakāyate. A concepção do impersonalista de tornar-se uno com a refulgência do Senhor é exatamente como o inferno. Portanto, as quatro primeiras das cinco classes de liberação (sālokya, sāmīpya, sārūpya e sārṣṭi) não são tão indesejáveis, pois podem ser avenidas abertas para o serviço ao Senhor. Não obstante, o devoto puro do Senhor Kṛṣṇa rejeita inclusive essas espécies de liberação; ele aspira apenas a servir a Kṛṣṇa, nascimento após nascimento. Ele não se interessa muito em parar a repetição de nascimentos, pois deseja simplesmente servir o Senhor, mesmo em circunstâncias infernais. Em consequência disso, o devoto puro odeia e teme sāyujya-mukti, o fundir-se na refulgência do Senhor. Esse fundir-se deve-se a uma ofensa cometida contra o transcendental serviço amoroso ao Senhor, e, por essa razão, não é, de forma alguma, desejável a um devoto puro.

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