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VERSO 7

mātur garbha-gato vīraḥ
sa tadā bhṛgu-nandana
dadarśa puruṣaṁ kañcid
dahyamāno ’stra-tejasā

mātuḥ — mãe; garbha — ventre; gataḥ — estando situado ali; vīraḥ — o grande lutador; saḥ — o bebê Parīkṣit; tadā — naquele momento; bhṛgu-nandana — ó filho de Bhṛgu; dadarśa — pôde ver; puruṣam — o Senhor Supremo; kañcit — como alguém mais; dahyamānaḥ — sofrendo por estar sendo queimado; astra — o brahmāstra; tejasā — temperatura.

Ó filho de Bhṛgu [Śaunaka], quando o bebê Parīkṣit, o grande lutador, estava no ventre de sua mãe, Uttarā, e sofria o calor incandescente do brahmāstra [atirado por Aśvatthāmā], ele pôde observar o Senhor Supremo vindo em sua direção.

SIGNIFICADO—A morte geralmente implica em permanecer em transe por sete meses. Ao ser vivo, de acordo com sua própria ação, se permite entrar no ventre da mãe pelo veículo do sêmen do pai, e, dessa forma, ele desenvolve o corpo desejado. Essa é a lei do nascimento em corpos específicos, de acordo com as próprias ações passadas. Quando acorda do transe, sente a inconveniência de estar confinado dentro do ventre e, desse modo, quer sair dali e, às vezes, afortunadamente, ora ao Senhor por essa liberação. Mahārāja Parīkṣit, quando no ventre de sua mãe, foi atingido pelo brahmāstra lançado por Aśvatthāmā, e estava sentindo o calor escaldante. Contudo, porque era um devoto do Senhor, o Senhor apareceu de imediato dentro do ventre, através de Sua energia todo-poderosa, e a criança pôde ver que alguém tinha vindo para salvá-la. Mesmo naquela condição desamparada, o bebê Parīkṣit aguentou a insuportável temperatura do brahmāstra por ser, por natureza, um grande lutador. Essa é, portanto, a razão de se usar a palavra vīraḥ.

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