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VERSO 2

brahma-kopotthitād yas tu
takṣakāt prāṇa-viplavāt
na sammumohorubhayād
bhagavaty arpitāśayaḥ

brahma-kopa — fúria de um brāhmaṇa; utthitāt — causada por; yaḥ — que era; tu — mas; takṣakāt — pela serpente alada; prāṇa-viplavāt — da dissolução da vida; na — nunca; sammumoha — estava dominado; uru-bhayāt — grande medo; bhagavati — à Personalidade de Deus; arpita — rendido; āśayaḥ — consciência.

Além disso, Mahārāja Parīkṣit estava sempre conscientemente rendido à Personalidade de Deus e, portanto, não ficava temeroso nem dominado pelo medo devido à serpente alada que iria picá-lo devido à fúria de um menino brāhmaṇa.

SIGNIFICADO—Um devoto rendido do Senhor chama-se nārāyaṇa-parāyaṇa. Uma pessoa assim nunca teme qualquer lugar ou pessoa, nem mesmo a morte. Para ele, nada é tão importante como o Senhor Supremo, e, assim, ele dá igual importância ao céu e ao inferno. Ele sabe bem que tanto o céu quanto o inferno são criações do Senhor, e, da mesma forma, a vida e a morte são diferentes condições de existência criadas pelo Senhor. Porém, em todas as condições e em todas as circunstâncias, a lembrança de Nārāyaṇa é essencial. O nārāyaṇa-parāyaṇa pratica isso constantemente. Mahārāja Parīkṣit era um desses devotos puros. Ele foi erroneamente amaldiçoado por um filho inexperiente de brāhmaṇa, que estava sob a influência de Kali, e Mahārāja Parīkṣit tomou isso como sendo enviado por Nārāyaṇa. Ele sabia que Nārāyaṇa (o Senhor Kṛṣṇa) o salvara quando ele estava sendo queimado no ventre de sua mãe, e, se ele tivesse que ser morto por uma picada de serpente, isso ocorreria certamente pela vontade do Senhor. O devoto nunca se opõe à vontade do Senhor; qualquer coisa enviada por Deus é uma bênção para o devoto. Assim sendo, Mahārāja Parīkṣit não temia essas coisas, tampouco elas o confundiam. Esse é o sinal de um devoto puro do Senhor.

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