VERSO 27
tān vīkṣya kṛṣṇaḥ sakalābhaya-prado
hy ananya-nāthān sva-karād avacyutān
dīnāṁś ca mṛtyor jaṭharāgni-ghāsān
ghṛṇārdito diṣṭa-kṛtena vismitaḥ
tān — todos aqueles meninos; vīkṣya — vendo; kṛṣṇaḥ — a Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa; sakala-abhaya-pradaḥ — que é a fonte do destemor para todos; hi — na verdade; ananya-nāthān — especialmente para os vaqueirinhos, que não conheciam ninguém exceto Kṛṣṇa; sva-karāt — do controle de Sua mão; avacyutān — agora tinham escapado; dīnān ca — desamparados; mṛtyoḥ jaṭhara-agni-ghāsān — que haviam todos entrado como palhas no fogo do abdômen de Aghāsura, que era muito arrojado e estava faminto, como a morte personificada (porque assumira um corpo enorme, o asura certamente tinha um apetite muito forte); ghṛṇā-arditaḥ — portanto, sendo compassivo devido à misericórdia imotivada; diṣṭa-kṛtena — com as ações executadas por Sua potência interna; vismitaḥ — Ele também, por enquanto, ficou atônito.
Kṛṣṇa viu que todos os vaqueirinhos, que conheciam apenas a Ele como seu Senhor, acabavam de escapar de Suas mãos e estavam desamparados, entrando como palhas no fogo do abdômen de Aghāsura, que era a morte personificada. Para Kṛṣṇa, era intolerável separar-Se de Seus amigos, os vaqueirinhos. Portanto, como se percebesse aquilo como um ato de Sua potência interna, Kṛṣṇa, por um momento, ficou espantado e sem saber o que fazer.