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VERSO 5

muṣṇanto ’nyonya-śikyādīn
jñātān ārāc ca cikṣipuḥ
tatratyāś ca punar dūrād
dhasantaś ca punar daduḥ

muṣṇantaḥ roubando; anyonya uns dos outros; śikya-ādīn lancheiras e outros pertences; jñātān tendo sido percebido pelo proprietário da lancheira; ārāt ca a um lugar distante; cikṣipuḥ lançada; tatratyāḥ ca aqueles que também estavam naquele lugar; punaḥ dūrāt então novamente jogavam mais longe; hasantaḥ ca punaḥ daduḥ quando viam o proprietário, eles a jogavam mais longe e ficavam rindo, e quando o proprietário às vezes chorava, sua lancheira lhe era devolvida.

Todos os vaqueirinhos costumavam roubar as lancheiras uns dos outros. Quando um menino notava que sua lancheira fora levada, os outros meninos atiravam-na bem longe, a um lugar mais distante, e aqueles que ali estavam atiravam-na ainda mais longe. Quando o proprietário da lancheira ficava desapontado, os outros meninos riam, o proprietário chorava e, então, a lancheira lhe era devolvida.

SIGNIFICADO—Este tipo de brincadeira e roubo entre meninos ainda existe mesmo no mundo material porque essa espécie de prazer esportivo está presente no mundo espiritual, de onde emana essa ideia de desfrute. Janmādy asya yataḥ. (Vedānta-sūtra 1.1.2) Esse mesmo des­frute é manifestado por Kṛṣṇa e Seus associados no mundo espiritual, mas, ali, o desfrute é eterno, ao passo que aqui, na plataforma material, é temporário – lá, o desfrute é Brahman, e aqui o desfrute é jaḍa. O movimento da consciência de Kṛṣṇa presta-se a ensinar todos a transferirem-se de jaḍa para o Brahman, porque a vida humana tem essa finalidade. Athāto brahma jijñāsā. (Vedānta-sūtra 1.1.1) Kṛṣṇa desce para nos ensinar como podemos desfrutar com Ele na plataforma espiritual, no mundo espiritual. Ele não apenas vem, senão que manifesta pessoalmente Seus passatempos em Vṛndāvana e atrai as pessoas para o prazer espiritual.

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