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VERSO 12

tasya tat kṣvelitaṁ dṛṣṭvā
gopyaḥ prema-pariplutāḥ
vrīḍitāḥ prekṣya cānyonyaṁ
jāta-hāsā na niryayuḥ

tasya — dEle; tat — este; kṣvelitam — comportamento brincalhão; dṛṣṭvā — vendo; gopyaḥ — as gopīs; prema-pariplutāḥ — imersas em pleno amor puro por Deus; vrīḍitāḥ — constrangidas; prekṣya — olhan­do; ca — e; anyonyam — umas às outras; jāta-hāsāḥ — começando a rir; na niryayuḥ — não saíram.

Vendo como Kṛṣṇa brincava com elas, as gopīs ficaram imer­sas em pleno amor por Ele e, enquanto se entreolhavam, come­çaram a rir e a brincar entre si, apesar de constrangidas. Ainda assim, porém, não saíram da água.

SIGNIFICADOŚrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura explica este verso da seguinte maneira:

“As gopīs eram de famílias muito respeitáveis e devem ter argumentado com Kṛṣṇa: ‘Por que simplesmente não deixas nossas roupas na beira do rio e vais embora?’”

“Kṛṣṇa teria respondido: ‘Mas sois tantas que alguma das meninas pode ter pegado as roupas das demais.’”

“As gopīs responderiam: ‘Somos honestas e jamais roubamos coisa alguma. Tampouco tocamos na propriedade alheia.’”

“Então, Kṛṣṇa teria dito: ‘Se isso é verdade, então simplesmente vinde e pegai vossas roupas. Qual é a dificuldade?’”

“Ao verem a determinação de Kṛṣṇa, as gopīs encheram-se de êxtase amoroso. Ainda que constrangidas, elas estavam contentíssimas por receber semelhante atenção de Kṛṣṇa. O Senhor brincava com elas como se elas fossem Suas esposas ou namoradas, e o único de­sejo das gopīs era alcançar tal relacionamento com Ele. Ao mesmo tempo, elas se sentiam constrangidas pelo fato de Ele as ver desnudas. Porém, mesmo assim elas não conseguiam deixar de rir com Suas palavras jocosas e começaram até a brincar entre si, uma gopī ins­tigando a outra: ‘Vai tu primeiro, e vejamos se Kṛṣṇa prega alguma peça em ti. Então, nós iremos a seguir.’”

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