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VERSO 43

tāḥ kiṁ niśāḥ smarati yāsu tadā priyābhir
vṛndāvane kumuda-kunda-śaśāṅka-ramye
reme kvaṇac-caraṇa-nūpura-rāsa-goṣṭhyām
asmābhir īḍita-manojña-kathaḥ kadācit

— aquelas; kim — acaso; niśā — noites; smarati — Ele lembra; yāsu — nas quais; tadā — então; priyābhi — com Suas queridas namoradas; vndāvane — na floresta de Vṛndāvana; kumuda — por causa dos lótus; kunda — e jasmins; śaśāka — e por causa da lua; ramye — atraente; reme — desfrutou; kvaat — fazendo tilintar; caraa-nūpura — (onde) os guizos de tornozelo; rāsa-goṣṭhyām — no grupo da dança da rāsa; asmābhi — conosco; īita — glorificados; manojña — encantadores; katha — tópicos sobre quem; kadācit — alguma vez.

Ele Se lembra daquelas noites na floresta de Vṛndāvana, adorável com flores de lótus, jasmins e a lua reluzente? Enquanto glorificávamos Seus encantadores passatempos, Ele desfrutava conosco, Suas queridas namoradas, no círculo da dança da rāsa, que ressoava com a música dos guizos de tornozelo.

SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī apresenta a seguinte profunda concepção sobre este verso: “As gopīs sabiam que nenhum lugar podia ser tão belo quanto Vṛndāvana. Em nenhum outro lugar do universo, alguém poderia encontrar um cenário tão encantador como o da floresta de Vṛndāvana, que era perfumada com flores piedosas e iluminada pelos raios da lua cheia refletida nas ondas serenas do sagrado rio Yamunā. Ninguém amava Kṛṣṇa tanto como as gopīs e, por isso, ninguém mais podia entendê-lO tão bem. As gopīs prestavam um serviço íntimo a Kṛṣṇa que apenas elas podiam realizar. Portanto, estavam aflitas em pensar que o Senhor Kṛṣṇa achava-Se privado de Vṛndāvana e privado do serviço delas. Livres de toda a luxúria material, elas estavam dominadas pelo desapontamento proveniente de não poderem dar felicidade a Kṛṣṇa por meio de seu serviço amoroso. Elas simplesmente não conseguiam imaginar que Kṛṣṇa desfrutaria em qualquer outro lugar como Ele o fazia em Vṛndāvana na compa­nhia delas.”

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