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VERSO 9

mukhaṁ tad apidhāyājña
kaṅka-gṛdhra-vaṭair vṛtaḥ
śayiṣyase hatas tatra
bhavitā śaraṇaṁ śunām

mukham — rosto; tat — aquele; apidhāya — sendo coberto; ajña — ó homem ignorante; kaṅka — por garças; gṛdhra — abutres; vaṭaiḥ — e aves vaṭas; vṛtaḥ — rodeado; śayiṣyase — jazerás; hataḥ — morto; tatra — depois disso; bhavitā — te tornarás; śaraṇam — refúgio; śu­nām — de cães.

“Quando estiveres morto, ó tolo, com teu rosto coberto por abutres, garças e aves vaṭa, tu te tornarás o refúgio de cães.”

SIGNIFICADO—Pauṇḍraka disse tolamente ao Senhor Supremo que fosse refu­giar-Se nele, mas aqui o Senhor Kṛṣṇa lhe diz: “Não és Meu refúgio, senão que serás o refúgio de cães quando estes, felizes, se banque­tearem de teu cadáver.”

Śrīla Prabhupāda faz a seguinte descrição vívida desta cena: “[O Senhor Kṛṣṇa disse a Pauṇḍraka: ‘Quando Eu te destruir,] ó rei tolo, terás de esconder teu rosto em desgraça e, quando Meu disco decepar tua cabeça, serás rodeado por aves carnívoras tais como abutres, falcões e águias. Nesse momento, em vez de te tornares o Meu refúgio, como exigiste, ficarás sujeito à misericórdia dessas aves de nascimento inferior. Então, teu corpo será lançado aos cães, que o comerão com grande prazer.’”

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