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VERSO 54

adyāpi ca puraṁ hy etat
sūcayad rāma-vikramam
samunnataṁ dakṣiṇato
gaṅgāyām anudṛśyate

adya — hoje; api — até mesmo; ca — e; puram — cidade; hi — de fato; etat — esta; sūcayat — mostrando os sinais de; rāma — do Senhor Balarāma; vikramam — a proeza; samunnatam —proeminentemen­te elevada; dakṣiṇataḥ — no lado meridional; gaṅgāyām — pelo Ganges; anu­dṛśyate — é vista.

Até mesmo hoje em dia, a cidade de Hastināpura é visivelmente elevada no lado meridional, que fica ao longo do Ganges, mostrando assim os sinais da proeza do Senhor Balarāma.

SIGNIFICADO—Śrīla Prabhupāda escreve o seguinte: “Em geral, era algo de praxe entre os reis kṣatriyas iniciar alguma espécie de luta entre as famílias da noiva e do noivo antes do casamento. Quando Sāmba arrebatou à força Lakṣmaṇā, os membros mais velhos da dinastia Kuru ficaram satis­feitos ao verem que ele era de fato um bom partido para ela. A fim de testar sua força, porém, eles lutaram contra Sāmba e, sem nenhum respeito pelas normas da luta, prenderam-no. Quando a dinastia Yadu decidiu libertar Sāmba da prisão dos Kurus, o Senhor Balarāma em pessoa foi resolver o assunto e, como um poderoso kṣatriya, ordenou-lhes que libertassem Sāmba de imediato. Os Kauravas fica­ram aparentemente insultados com essa ordem, em razão do que desafiaram o poder do Senhor Balarāma. Eles apenas queriam vê-lO exibir Sua força inconcebível. Assim, eles entregaram sua filha a Sāmba com grande prazer, e todo o assunto ficou resolvido. Duryodhana, sendo afeiçoado à sua filha Lakṣmaṇā, casou-a com Sāmba em uma cerimônia de grande pompa... Balarāma ficou muito satisfeito com a grandiosa recepção que os Kurus Lhe ofereceram e, acompanhado dos recém-c­asados, partiu para Sua capital, a cidade de Dvārakā.

“O Senhor Balarāma chegou de maneira triunfal em Dvārakā, onde Se encontrou com muitos cidadãos que eram todos Seus devotos e amigos. Quando todos se reuniram, o Senhor Balarāma narrou toda a história do casamento, e eles se assombraram ao ouvirem como o Senhor Balarāma fizera tremer a cidade de Hastināpura.”

Neste ponto, encerram-se os significados apresentados pelos humildes servos de Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupāda referentes ao décimo canto, sexagésimo oitavo capítulo, do Śrīmad-Bhāgavatam, intitulado “O Casamento de Sāmba”.

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