VERSO 33
yasmin tadā madhu-pater mahiṣī-sahasraṁ
śroṇī-bhareṇa śanakaiḥ kvaṇad-aṅghri-śobham
madhye su-cāru kuca-kuṅkuma-śoṇa-hāraṁ
śrīman-mukhaṁ pracala-kuṇḍala-kuntalāḍhyam
yasmin — no qual; tadā — naquela ocasião; madhu — de Mathurā; pateḥ — do Senhor; mahiṣī — de rainhas; sahasram — as milhares; śroṇī — de seus quadris; bhareṇa — com o peso; śanakaiḥ — lentamente; kvaṇat — tilintando; aṅghri — de cujos pés; śobham — o encanto; madhye — no meio (na cintura); su-cāru — muito atraente; kuca — de seus seios; kuṅkuma — com o pó de kuṅkuma; śoṇa — avermelhados; hāram — seus colares de pérolas; śrīmat — belos; mukham — cujos rostos; pracala — que se moviam; kuṇḍala — com brincos; kuntala — e cachos de cabelo; āḍhyam — ricamente dotadas.
As milhares de rainhas do Senhor Madhupati também permaneciam no palácio. Seus pés se moviam devagar, devido ao peso de seus quadris, e os guizos de seus tornozelos tilintavam encantadoramente. A cintura delas era muito fina, o kuṅkuma de seus seios avermelhava seus colares de pérolas, e seus balançantes brincos e graciosos cachos de cabelo realçavam a beleza primorosa de seus rostos.
SIGNIFICADO—Śrīla Prabhupāda escreve: “Depois de olhar tais beldades no palácio do rei Yudhiṣṭhira, Duryodhana sentiu inveja. Ele ficou ainda mais invejoso e luxurioso ao ver a beleza de Draupadī, haja vista que, desde que esta se casara com os Pāṇḍavas, ele acalentava uma atração especial por ela. Na assembleia para a escolha do esposo de Draupadī, Duryodhana também esteve presente e, com outros príncipes, ele se cativou pela beleza de Draupadī, mas não conseguiu obtê-la em casamento.”