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VERSO 3

sā vāg yayā tasya guṇān gṛṇīte
karau ca tat-karma-karau manaś ca
smared vasantaṁ sthira-jaṅgameṣu
śṛṇoti tat-puṇya-kathāḥ sa karṇaḥ

— aquele (é); vāk — poder da fala; yayā — pelo qual; tasya — Suas; guṇān — qualidades; gṛṇīte — descreve-se; karau — par de mãos; ca — e; tat — dEle; karma — trabalho; karau — fazendo; manaḥ — mente; ca — e; smaret — lembra; vasantam — que mora; sthira — dentro do inerte; jaṅgameṣu — e do móvel; śṛṇoti — ouve; tat — dEle; puṇya — santifi­cantes; kathāḥ — assuntos; saḥ — isto (é); karṇaḥ — um ouvido.

Verdadeira fala é a que descreve as qualidades do Senhor, ver­dadeiras mãos são as que trabalham para Ele, verdadeira mente é a que sempre se lembra daquele que habita dentro de todas as coisas móveis e inertes, e verdadeiros ouvidos são aqueles que escutam os santificantes assuntos sobre Ele.

SIGNIFICADO—Depois de ter glorificado no verso anterior o sentido da audição dedicado ao Senhor, o rei Parīkṣit agora menciona também os outros sentidos, para que obtenhamos um quadro completo da consciência de Kṛṣṇa. Neste trecho, ele declara que, sem ter ligação com Kṛṣṇa, o Senhor Supremo, todos os órgãos do corpo tornam-se inúteis. No segundo canto, capítulo terceiro, versos 20 a 24, Śaunaka Ṛṣi faz uma afirmação semelhante.

Śrīla Viśvanātha Cakravartī menciona que os sentidos devem tra­balhar juntos em consciência de Kṛṣṇa. Em outras palavras, o que quer que experimentem os olhos ou ouvidos, a mente deve apenas lembrar-se de Kṛṣṇa, que está em todas as coisas.

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