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VERSO 11

na hy am-mayāni tīrthāni
na devā mṛc-chilā-mayāḥ
te punanty uru-kālena
darśanād eva sādhavaḥ

na — não; hi — de fato; ap — de água; mayāni — compostos; tīrthā­ni — lugares santos; na — não; devāḥ — deidades; mṛt — de terra; śilā — e pedra; mayāḥ — compostas; te — eles; punanti — purificam; uru-kāle­na — depois de muito tempo; darśanāt — por serem vistos; eva — somente; sādhavaḥ — os santos.

Meros reservatórios de água não são os verdadeiros lugares sagrados de peregrinação; nem meras imagens de terra e pedra, as verdadeiras deidades adoráveis. Esses purificam apenas depois de muito tempo, mas os sábios santos purificam de imediato quem os vê.

SIGNIFICADO—Porque a Personalidade de Deus é absoluta – o Espírito Supre­mo –, qualquer representação dEle, manifesta em pedra, tinta, som ou qualquer outro meio autorizado, não é diferente de Sua forma original no mais elevado planeta espiritual, Goloka Vṛndāvana. Porém, os semideuses comuns, por não passarem de almas espirituais infinitesimais, não são absolutos, de maneira que representações dos semideuses não são idênticas a eles. Adoração aos semideuses ou banho ritualís­tico num lugar santificado somente concedem benefício limitado àqueles que carecem de fé transcendental no Senhor Supremo.

Por outro lado, grandes santos vaiṣṇavas, como Vyāsadeva, Nārada e os quatro Kumāras, estão sempre absortos em consciência de Kṛṣṇa, de modo que são verdadeiros tīrthas ambulantes, lugares de peregrinação móveis. Até mesmo a associação de um momento com eles, sobretudo através de ouvi-los glorificar o Senhor, pode livrar alguém de todo o enredamento material. Como o rei Yudhiṣṭhira disse a Vidura:

bhavad-vidhā bhāgavatās
tīṛtha-bhūtāḥ svayaṁ vibho
tīrthī-kurvanti tīrthāni
svāntaḥ-sthena gadābhṛtā

“Meu senhor, devotos como tu são, em verdade, lugares santos personificados. Porque trazes em teu coração a Personalidade de Deus, con­vertes todos os lugares em locais de peregrinação.” (Śrīmad-Bhāgavatam 1.13.10)

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