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VERSO 17

prāṇenākṣipatā kṣut tṛḍ
antarā jāyate vibhoḥ
pipāsato jakṣataś ca
prāṅ mukhaṁ nirabhidyata

prāṇena — pela força viva; ākṣipatā — sendo agitada; kṣut — fome; tṛṭ — sede; antarā — de dentro; jāyate — gera; vibhoḥ — do Supremo; pipāsataḥ — estando desejoso de matar a sede; jakṣataḥ — desejando comer; ca — e; prāk — a princípio; mukham — a boca; nirabhidyata — abriu-se.

A força viva, sendo agitada pelo virāṭ-puruṣa, gerou fome e sede, e quando Ele desejou beber e comer, a boca se abriu.

SIGNIFICADO—O processo pelo qual todos os seres vivos que estão no ventre da mãe desenvolvem seus órgãos dos sentidos e as percepções sensoriais parece seguir os mesmos princípios válidos para o virāṭ-puruṣa, o somatório de todas as entidades vivas. Portanto, a causa suprema de toda a geração não é impessoal ou sem desejos. Os desejos acalentados por todas as espécies de percepção sensorial e órgãos dos sentidos existem no Supremo, e eis por que eles acontecem nas pessoas individuais. Este desejo faz parte do ser vivo supremo, a Verdade Absoluta. Como Ele tem a totalidade da soma de todas as bocas, as entidades vivas individuais têm bocas. O mesmo raciocínio é válido para todos os outros sentidos e órgãos dos sentidos. Aqui, a boca é a representação simbólica de todos os órgãos dos sentidos, pois os mesmos princípios também se aplicam aos outros.

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