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VERSO 18

mukhatas tālu nirbhinnaṁ
jihvā tatropajāyate
tato nānā-raso jajñe
jihvayā yo ’dhigamyate

mukhataḥ — da boca; tālu — o palato; nirbhinnam — sendo gerado; jihvā — a língua; tatra — em seguida; upajāyate — torna-se manifesta; tataḥ — então; nānā-rasaḥ — vários sabores; jajñe — manifestaram-se; jihvayā — pela língua; yaḥ — que; adhigamyate — passam a ser saboreados.

Da boca, manifestou-se o palato, e depois a língua também foi gerada. Depois disso, todos os diferentes sabores passaram a existir para que a língua pudesse degustá-los.

SIGNIFICADO—Esse processo gradual de evolução serve para explicar a participação das deidades controladoras (adhidaiva) porque Varuṇa é a deidade controladora de todos os sucos saborosos. Portanto, a boca torna-se o lugar de repouso para a língua, que saboreia todos os diferentes sucos, cuja deidade controladora é Varuṇa. Assim sendo, isso sugere que Varuṇa também foi gerado juntamente com o desenvolvimento da língua. Como servem de instrumento, a língua e o palato são adhibhūtam, ou formas de matéria, mas a deidade funcional, que é uma entidade viva, é adhidaiva, ao passo que a pessoa sujeita à função é adhyātma. Assim, quanto a seu nascimento, as três categorias também são explicadas depois que o virāṭ-puruṣa abre a boca. Os quatro princípios mencionados neste verso servem para explicar os três princípios básicos, a saber, o adhyātma, o adhidaiva e o adhibhutam, como foram descritos antes.

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