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VERSO 21

tatrātha śuśrāva suhṛd-vinaṣṭiṁ
vanaṁ yathā veṇuja-vahni-saṁśrayam
saṁspardhayā dagdham athānuśocan
sarasvatīṁ pratyag iyāya tūṣṇīm

tatra — ali; atha — depois disso; śuśrāva — ouviu; suhṛt — parentes; vinaṣṭim — todos mortos; vanam — floresta; yathā — assim como; veṇuja-vahni — incêndio causado pelos bambus; saṁśrayam — fricção de um com outro; saṁspardhayā — pela paixão violenta; dagdham — queimada; atha — assim; anuśocan — pensando; sarasvatīm — o rio Sarasvatī; pratyak — rumo ao oeste; iyāya — foi; tūṣṇīm — silenciosamente.

Em Prabhāsa, no local de peregrinação, ele ficou sabendo que todos os seus parentes tinham morrido devido a uma paixão violenta, assim como toda uma floresta é queimada devido ao incêndio produzido por uma fricção de bambus. Depois disso, ele procedeu rumo ao oeste, onde flui o rio Sarasvatī.

SIGNIFICADO—Tanto os Kauravas quanto os Yādavas eram parentes de Vidura, e Vidura ouviu falar de sua extinção devido a uma guerra fratricida. A comparação da fricção dos bambus da floresta à fricção das sociedades humanas apaixonadas é apropriada. O mundo inteiro é comparado a uma floresta. A qualquer momento pode deflagrar um incêndio na floresta causado por uma fricção. Ninguém vai à floresta para atear-lhe fogo, mas, devido a uma simples fricção entre bambus, acontece o incêndio, que queima toda a floresta. Analogamente, na floresta maior da transação mundana, o fogo da guerra acontece por causa da paixão violenta das almas condicionadas iludidas pela energia externa. Esse fogo mundano só pode ser apagado pela água da nuvem-misericórdia dos santos, assim como o fogo de uma floresta só pode ser apagado pelas chuvas que caem de uma nuvem.

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