VERSO 32
kaccid budhaḥ svasty anamīva āste
śvaphalka-putro bhagavat-prapannaḥ
yaḥ kṛṣṇa-pādāṅkita-mārga-pāṁsuṣv
aceṣṭata prema-vibhinna-dhairyaḥ
kaccit — se; budhaḥ — muito erudito; svasti — bem; anamīvaḥ — impecável; āste — existe; śvaphalka-putraḥ — Akrūra, ο filho de Śvaphalka; bhagavat — relativo à Personalidade de Deus; prapannaḥ — rendido; yaḥ — aquele que; kṛṣṇa — ο Senhor; pāda-aṅkita — marcado com pegadas; mārga — caminho; pāṁsuṣu — na poeira; aceṣṭata — manifestado; prema-vibhinna — perdido em amor transcendental; dhairyaḥ — equilíbrio mental.
Dize-me, por favor, se Akrūra, ο filho de Śvaphalka, está bem. Ele é uma alma impecável e rendida à Personalidade de Deus. Certa vez, ele perdeu seu equilíbrio mental devido a seu êxtase de amor transcendental e caiu na poeira de uma estrada que estava marcada com as pegadas do Senhor Kṛṣṇa.
SIGNIFICADO—Quando Akrūra foi a Vṛndāvana em busca de Kṛṣṇa, viu as pegadas do Senhor na poeira de Nanda-grāma e imediatamente caiu sobre ela em êxtase de amor transcendental. Esse êxtase é possível para um devoto que esteja completamente absorto em pensar incessantemente em Kṛṣṇa. Um devoto puro do Senhor desse tipo é naturalmente impecável porque ele está sempre associado com a supremamente pura Personalidade de Deus. Pensar constantemente no Senhor é ο método antisséptico para se manter livre da contaminação infecciosa das qualidades materiais. Ο devoto puro do Senhor está sempre na companhia do Senhor por pensar nEle. Porém, em um contexto particular de tempo e lugar, as emoções transcendentais assumem um aspecto diferente, ο que faz com que se quebre ο equilíbrio mental do devoto. Ο Senhor Caitanya foi um exemplo típico do êxtase transcendental, como podemos compreender da vida dessa encarnação de Deus.