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VERSO 42

ditir uvāca
vadhaṁ bhagavatā sākṣāt
sunābhodāra-bāhunā
āśāse putrayor mahyaṁ
mā kruddhād brāhmaṇād prabho

ditiḥ uvāca — Diti disse; vadham — a matança; bhagavatā — pela Suprema Personalidade de Deus; sākṣāt — diretamente; sunābha — com Sua arma Sudarśana; udāra — muito magnânimos; bāhunā — pelos braços; āśāse — eu desejo; putrayoḥ — dos filhos; mahyam — meus; — nunca seja assim; kruddhāt — pela ira; brāhmaṇāt — dos brāhmaṇas; prabho — ó meu esposo.

Diti disse: Será ótimo que meus filhos sejam magnanimamente mortos pelos braços da Personalidade de Deus com Sua arma Sudarśana. Ó meu esposo, que eles nunca sejam mortos pela ira dos devotos brāhmaṇas.

SIGNIFICADO—Ao ouvir seu esposo falar que as grandes almas se irritariam com as atividades de seus filhos, Diti encheu-se de ansiedade. Ela pensou que seus filhos poderiam ser mortos pela ira dos brāhmaṇas. O Senhor não aparece quando os brāhmaṇas se irritam com alguém, porque a própria ira de um brāhmaṇa já é suficiente. Contudo, basta Seu devoto ficar pesaroso para Ele aparecer. O devoto do Senhor jamais ora ao Senhor para que apareça por causa dos problemas que os canalhas lhe causam, e jamais O aborrece pedindo-Lhe proteção. Ao contrário, o Senhor anseia por proteger os devotos. Diti sabia bem que a matança de seus filhos por parte do Senhor também seria Sua misericórdia, e, em razão disso, ela diz que a roda e os braços do Senhor são magnânimos. Se alguém é morto pela roda do Senhor e tem, desse modo, a fortuna de ver os braços do Senhor, isso é suficiente para a sua liberação. Tamanha boa fortuna nem mesmo grandes sábios alcançam.

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