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VERSO 34

tad vām amuṣya paramasya vikuṇṭha-bhartuḥ
kartuṁ prakṛṣṭam iha dhīmahi manda-dhībhyām
lokān ito vrajatam antara-bhāva-dṛṣṭyā
pāpīyasas traya ime ripavo ’sya yatra

tat — portanto; vām — a esses dois; amuṣya — dEle; paramasya — o Supremo; vikuṇṭha-bhartuḥ — o Senhor de Vaikuṇṭha; kartum — para conceder; prakṛṣam — benefício; iha — quanto a esta ofensa; dhīmahi — consideremos; manda-dhībhyām — aqueles cuja inteligência não é muito boa; lokān — para o mundo material; itaḥ — deste lugar (Vaikuṇṭha); vrajatam — vão; antara-bhāva — dualidade; dṛṣṭyā — por verem; pāpīyasaḥ — pecaminosos; trayaḥ — três; ime — esses; ripavaḥ — inimigos; asya — da entidade viva; yatra — onde.

Consideremos, então, como essas duas pessoas contaminadas deverão ser punidas. Que seja uma punição apropriada para, assim, eles poderem ser beneficiados ao final. Já que veem dualidade na existência da vida de Vaikuṇṭha, eles estão contaminados e devem ser removidos deste lugar para o mundo material, onde as entidades vivas têm três classes de inimigos.

SIGNIFICADO—A razão pela qual almas puras descem às condições existenciais do mundo material, que é considerado o departamento criminal do Senhor Supremo, é exposta na Bhagavad-gītā, sétimo capítulo, verso 27. Afirma-se ali que, enquanto a entidade viva é pura, ela está em total harmonia com os desejos do Senhor Supremo, mas, tão logo se torne impura, põe-se em desarmonia com os desejos do Senhor. Ela é forçada pela contaminação a transferir-se a este mundo material, onde as entidades vivas têm três inimigos, a saber, o desejo, a ira e a luxúria. Esses três inimigos forçam as entidades vivas à contínua existência material, e, quando alguém se livra deles, torna-se apto a entrar no reino de Deus. Não se deve, portanto, ficar irado na ausência de uma oportunidade de gozo dos sentidos, e não se deve ser cobiçoso de adquirir mais que o necessário. Neste verso, afirma-se claramente que os dois porteiros deviam ser enviados ao mundo material, onde se permite que os criminosos residam. Uma vez que os princípios básicos da criminalidade são o gozo dos sentidos, a ira e a luxúria desnecessários, as pessoas conduzidas por esses três inimigos da entidade viva não são promovidas jamais a Vaikuṇṭhaloka. Todos devem aprender a Bhagavad-gītā e aceitar a Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa, como o Senhor de tudo; devem aprender a satisfazer os sentidos do Senhor Supremo ao invés de tentarem satisfazer seus próprios sentidos. O treinamento em consciência de Kṛṣṇa os ajudará a serem promovidos a Vaikuṇṭha.

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