VERSO 36
naikatra te jayati śālini pāda-padmaṁ
ghnantyā muhuḥ kara-talena patat-pataṅgam
madhyaṁ viṣīdati bṛhat-stana-bhāra-bhītaṁ
śānteva dṛṣṭir amalā suśikhā-samūhaḥ
na — não; ekatra — num só lugar; te — teus; jayati — permanecem; śālini — ó bela mulher; pāda-padmam — pés de lótus; ghnantyāḥ — batendo; muhuḥ — repetidamente; kara-talena — com a palma da mão; patat — saltitante; pataṅgam — a bola; madhyam — cintura; viṣīdati — fica fatigada; bṛhat — desenvolvidos; stana — de teus seios; bhāra — pelo peso; bhītam — oprimida; śāntā iva — como se fatigada; dṛṣṭiḥ — visão; amalā — clara; su — lindos; śikhā — teus cabelos; samūhaḥ — cacho.
Ó bela mulher, quando bates repetidamente a bola saltitante contra o solo com tuas mãos, teus pés de lótus não permanecem num só lugar. Oprimida pelo peso de teus seios desenvolvidos, tua cintura se cansa, e tua clara visão se embaça, por assim dizer. Por favor, entrança teus lindos cabelos.
SIGNIFICADO—Os demônios observavam belos gestos em cada movimento da mulher. Aqui eles louvam seus seios desenvolvidos, seu cabelo esvoaçante e seus movimentos de ir para frente e para trás enquanto brinca com a bola. A cada passo, desfrutam de sua beleza feminina, e, enquanto desfrutam da beleza dela, suas mentes ficam agitadas pelo desejo sexual. Assim como as mariposas, à noite, circundam uma fogueira e são mortas nela, da mesma forma, os demônios tornam-se vítimas dos movimentos dos seios de uma bela mulher, os quais assemelham-se a bolas. O cabelo esvoaçante de uma formosa mulher também aflige o coração de um demônio luxurioso.