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VERSO 4

tasyāṁ sa vai mahā-yogī
yuktāyāṁ yoga-lakṣaṇaiḥ
sasarja katidhā vīryaṁ
tan me śuśrūṣave vada

tasyām — nela; saḥ — Kardama Muni; vai — de fato; mahā-yogī — grande yogī místico; yuktāvām — dotada; yoga-lakṣaṇaiḥ — com os oito sintomas de perfeição ióguica; sasarja — propagou; katidha — quantas vezes; vīryam — progênie; tat — esta narração; me — a mim; śuśrūṣave — que estou ansioso por ouvir; vada — conta.

Quantos filhos teve aquele grande yogī com a princesa, que era dotada das oito perfeições nos princípios do yoga? Oh! Por favor, conta-me esta história, pois estou ansioso por ouvi-la.

SIGNIFICADO—Vidura indaga aqui acerca de Kardama Muni e sua esposa, Devahūti, e acerca de seus filhos. Descreve-se neste verso que Devahūti era muito avançada na prática do yoga óctuplo. As oito divisões da prática de yoga são descritas como (1) controle dos sentidos, (2) estrita observância das regras e regulações, (3) prática de diferentes posturas sentadas, (4) controle da respiração, (5) afastamento dos sentidos dos objetos dos sentidos, (6) concentração mental, (7) meditação e (8) autorrealização. Após a autorrealização, há oito fases perfectivas posteriores, chamadas yoga-siddhis. O esposo e a esposa, Kardama e Devahūti, eram avançados na prática do yoga; o esposo era mahā-yogī, grande místico, e a esposa era yoga-lakṣaṇa, ou seja, uma pessoa avançada em yoga. Eles se uniram e produziram filhos. Antigamente, após aperfeiçoarem suas vidas, grandes sábios e pessoas santas costumavam gerar filhos; de outro modo, observavam estritamente as regras e regulações do celibato. O brahmacarya (observância das regras e regulações do celibato) é necessária para a perfeição da autorrealização e do poder místico. Não há recomendação nas escrituras védicas de que alguém pode continuar desfrutando do gozo material dos sentidos conforme seus caprichos, como bem entenda e, ao mesmo tempo, tornar-se um grande meditador pagando algum dinheiro a um patife.

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