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VERSO 13

ya udyatam anādṛtya
kīnāśam abhiyācate
kṣīyate tad-yaśaḥ sphītaṁ
mānaś cāvajñayā hataḥ

yaḥ — quem; udyatam — uma oferta; anādṛtya — rejeitando; kīnāśam — de um avarento; abhiyācate — esmola; kṣīyate — perde-se; tat — sua; yaśaḥ — reputação; sphītam — ampla; mānaḥ — honra; ca — e; avajñayā — pelo desprezo; hataḥ — destruída.

Quem rejeita uma oferta que vem por si mesma, mas depois esmola uma dádiva de um avarento perde, dessa maneira, sua ampla reputação, tendo seu orgulho humilhado pelo desprezo dos outros.

SIGNIFICADO—O procedimento geral do matrimônio védico é que o pai oferece sua filha a um rapaz adequado. Esse é um matrimônio muito respeitável. O rapaz não deve ir à casa do pai da moça e pedir a mão de sua filha em casamento. Isso é considerado humilhante para a posição respeitável de alguém. Svāyambhuva Manu quis convencer Kardama Muni, pois tinha conhecimento de que o sábio desejava casar-se com uma moça adequada: “Estou te oferecendo a esposa precisamente adequada. Não rejeites este oferecimento, ou então, como precisas de uma esposa, terás que pedir a outrem, que talvez não se comporte tão bem contigo. Nesse caso, tua situação será humilhante.”

Outro aspecto deste incidente é que, embora Svāyambhuva Manu fosse o imperador, ele foi oferecer sua qualificada filha a um brāhmaṇa pobre. Kardama Muni não tinha posses mundanas – ele era um eremita que vivia na floresta –, mas era avançado em cultura. Portanto, ao se oferecer uma filha a alguém, a cultura e a qualidade são contadas como proeminentes, e não a riqueza ou qualquer outra consideração material.

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