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VERSO 42

kiṁ durāpādanaṁ teṣāṁ
puṁsām uddāma-cetasām
yair āśritas tīrtha-padaś
caraṇo vyasanātyayaḥ

kim — que; durāpādanam — difícil de alcançar; teṣām — para aqueles; puṁsām — homens; uddāma-cetasām — que são determinados; yaiḥ — por quem; āśritaḥ — tendo-se refugiado; tīrtha-padaḥ — da Suprema Personalidade de Deus; caraṇaḥ — pés; vyasana-atyayaḥ — que eliminam os perigos.

O que é difícil de alcançar para homens determinados que se refugiaram aos pés de lótus da Suprema Personalidade de Deus? Seus pés são a fonte de rios sagrados como o Ganges, que eliminam os perigos da vida mundana.

SIGNIFICADO—As palavras yair āśritas tīrtha-padaś caraṇaḥ são significativas neste contexto. A Suprema Personalidade de Deus é conhecida como tīrtha-pāda. O Ganges é chamado de rio sagrado por emanar do dedão do pé de Viṣṇu. O Ganges destina-se a erradicar todas as aflições materiais das almas condicionadas. Portanto, para qualquer entidade viva que tenha se abrigado aos santos pés de lótus do Senhor, nada é impossível. Kardama Muni é especial, não porque era um grande místico, mas porque era um grande devoto. Portanto, aqui se diz que, para um grande devoto como Kardama Muni, nada é impossível. Embora os yogīs possam executar façanhas maravilhosas, como Kardama Muni já demonstrou, Kardama era mais que um yogī porque era um grande devoto do Senhor; por conseguinte, ele era mais glorioso que um yogī comum. Como se confirma na Bhagavad-gītā, “entre os muitos yogīs, aquele que é devoto do Senhor é de primeira classe”. Para uma pessoa como Kardama Muni, não há possibilidade de ser condicionado: ele já era uma alma liberada e melhor que os semideuses, que também são condicionados. Embora estivesse desfrutando com sua esposa e muitas outras mulheres, ele estava acima da vida material condicional. Portanto, a palavra vyasanātyayaḥ é usada para indicar que ele estava além da posição de uma alma condicionada. Ele era transcendental a todas as limitações materiais.

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