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VERSO 18

kīrtanya-tīrtha-yaśasaṁ
puṇya-śloka-yaśaskaram
dhyāyed devaṁ samagrāṅgaṁ
yāvan na cyavate manaḥ

kīrtanya — dignas de ser cantadas; tīrtha-yaśasam — as glórias do Senhor; puṇya-śloka — dos devotos; yaśaḥ-karam — ressaltando a glória; dhyāyet — deve-se meditar; devam — no Senhor; samagra-aṅgam — todos os membros; yāvat — tanto quanto; na — não; cyavate — se desvie; manaḥ — a mente.

A glória do Senhor é sempre digna de ser cantada, pois Suas glórias ressaltam as glórias de Seus devotos. Portanto, deve-se meditar na Suprema Personalidade de Deus e em Seus devotos. Deve-se meditar na forma eterna do Senhor até que a mente se torne fixa.

SIGNIFICADO—É preciso fixar a mente na Suprema Personalidade de Deus, constantemente. Quem se acostuma a pensar em uma das inúmeras formas do Senhor – Kṛṣṇa, Viṣṇu, Rāma, Nārāyaṇa etc. – alcança a perfeição do yoga. Confirma-se isso na Brahma-saṁhitā: uma pessoa que tenha desenvolvido amor puro por Deus, e cujos olhos estejam untados com o unguento do amoroso intercâmbio transcendental, sempre vê, dentro de seu coração, a Suprema Personalidade de Deus. Os devotos veem especialmente o Senhor na bela forma enegrecida de Śyāmasundara. Essa é a perfeição do yoga. Deve-se continuar com esse sistema de yoga até que a mente não vacile por um instante sequer. Oṁ tad viṣṇoḥ paramaṁ padaṁ sadā paśyanti sūrayaḥ: a forma de Viṣṇu é a individualidade mais elevada e é sempre visível aos sábios e pessoas santas.

O devoto cumpre o mesmo propósito ao adorar a forma do Senhor no templo. Não há diferença entre serviço devocional no templo e meditação na forma do Senhor, visto que a forma do Senhor é a mesma, quer Ele apareça dentro da mente, quer em algum elemento concreto. Existem oito tipos de formas recomendadas para os devotos verem. As formas podem ser feitas de areia, barro, madeira ou pedra, podem ser contempladas dentro da mente ou podem ser feitas de joias, metal ou pinturas coloridas, mas todas as formas têm o mesmo valor. Não é verdade que quem medita na forma dentro da mente vê diferentemente de quem adora a forma no templo. A Suprema Personalidade de Deus é absoluta, de modo que não há diferença entre as duas. Os impersonalistas, que desejam desconsiderar a forma eterna do Senhor, imaginam alguma figura redonda. Eles preferem especialmente o oṁkāra, que também tem forma. Na Bhagavad-gītā, afirma-se que o oṁkāra é a forma em letra do Senhor. De modo semelhante, há formas de estátua e formas pintadas do Senhor.

Another significant word in this verse is puṇya-śloka-yaśaskaram. The devotee is called puṇya-śloka. As one becomes purified by chanting the holy name of the Lord, so one can become purified simply by chanting the name of a holy devotee. The pure devotee of the Lord and the Lord Himself are nondifferent. ItOutra expressão significativa neste verso é puṇya-śloka-yaśaskaram. O devoto é chamado de puṇya-śloka. Assim como nos purificamos cantando o santo nome do Senhor, da mesma forma, podemos nos purificar simplesmente cantando o nome de um devoto santo. O devoto puro do Senhor e o próprio Senhor não são diferentes. Às vezes é possível cantar o nome de um devoto santo. Esse é um processo muito santificado. Certa vez, quando o Senhor Caitanya estava cantando os nomes das gopīs, Seus alunos O criticaram: “Por que estais cantando os nomes das gopīs? Por que não ‘Kṛṣṇa’?” O Senhor Caitanya ficou irritado com a crítica, e assim houve um desentendimento entre Ele e Seus alunos. Ele queria castigá-los por desejarem dar-Lhe instruções sobre o processo transcendental de cantar. is sometimes feasible to chant the name of a holy devotee. This is a very sanctified process. Lord Caitanya was once chanting the holy names of the gopīs when His students criticized Him: “Why are You chanting the names of the gopīs? Why not ‘Kṛṣṇa’?” Lord Caitanya was irritated by the criticism, and so there was some misunderstanding between Him and His students. He wanted to chastise them for desiring to instruct Him on the transcendental process of chanting.

A beleza do Senhor é que os devotos que estão ligados a Suas atividades também são glorificados. Arjuna, Prahlāda, Janaka Mahārāja, Bali Mahārāja e muitos outros devotos não estavam sequer na ordem de vida renunciada, senão que eram chefes de família. Alguns deles, como Prahlāda Mahārāja e Bali Mahārāja, haviam nascido em famílias demoníacas. O pai de Prahlāda Mahārāja era um demônio, e Bali Mahārāja era neto de Prahlāda Mahārāja, mas, ainda assim, tornaram-se famosos por causa de sua associação com o Senhor. A conclusão é que o yogī perfeito deve acostumar-se a sempre ver a forma do Senhor, e, a não ser que a mente esteja fixa dessa maneira, deve continuar praticando yoga.

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