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VERSO 5

lokasya mithyābhimater acakṣuṣaś
ciraṁ prasuptasya tamasy anāśraye
śrāntasya karmasv anuviddhayā dhiyā
tvam āvirāsīḥ kila yoga-bhāskaraḥ

lokasya — das entidades vivas; mithyā-abhimateḥ — iludidas pelo falso ego; acakṣuṣaḥ — cegas; ciram — por tempo muito prolongado; prasuptasya — dormindo; tamasi — na escuridão; anāśraye — sem abrigo; śrāntasya — fatigadas; karmasu — às atividades materiais; anuviddhayā — apegadas; dhiyā — com a inteligência; tvam — Tu; āvirāsīḥ — apareceste; kila — na verdade; yoga — do sistema de yoga; bhāskaraḥ — o Sol.

Meu querido Senhor, Tu és como o Sol, pois iluminas a escuridão da vida condicional das entidades vivas. Por seus olhos de conhecimento não estarem abertos, elas ficam eternamente adormecidas nessa escuridão, sem Teu abrigo, e por isso são falsamente ocupadas pelas ações e reações de suas atividades materiais, parecendo estar muito fatigadas.

SIGNIFICADO––Parece que Śrīmatī Devahūti, a gloriosa mãe do Senhor Kapiladeva, sente muita compaixão pela condição lamentável das pessoas em geral, que, desconhecendo a meta da vida, dormem na escuridão da ilusão. É o sentimento geral do vaiṣṇava, ou devoto do Senhor, que ele deve despertá-las. Da mesma forma, Devahūti está pedindo a seu glorioso filho que ilumine as vidas das almas condicionadas para dar um fim à sua lamentabilíssima condição. Nesta passagem, descreve-se o Senhor como yoga-bhāskara, o sol do sistema de todo yoga. Devahūti acaba de pedir a seu glorioso filho que descreva o bhakti-yoga, o qual o Senhor tem descrito como o sistema de yoga fundamental.

Bhakti-yoga é como a luz solar para salvar as almas condicionadas, cuja condição geral é aqui exposta. Elas não têm olhos para ver seus próprios interesses. Não sabem que a meta da vida não é aumentar as necessidades materiais da existência, porque o corpo deixará de existir dentro de alguns anos. Os seres vivos são eternos e têm sua necessidade eterna. Quem só se preocupa com as necessidades do corpo, sem ligar para as necessidades eternas da vida, faz parte de uma civilização cujo avanço põe as entidades vivas na mais escura região de ignorância. Dormindo nessa tenebrosa região, não conseguimos nenhum refrigério, mas, antes, ficamos cada vez mais fatigados. Inventamos muitos processos para fugir dessa condição de fadiga, mas fracassamos e, desse modo, permanecemos confusos. O único caminho para mitigar nossa fadiga na luta pela vida é o caminho do serviço devocional, ou o caminho da consciência de Kṛṣṇa.

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