VERSO 37
tat-sṛṣṭa-sṛṣṭa-sṛṣṭeṣu
ko nv akhaṇḍita-dhīḥ pumān
ṛṣiṁ nārāyaṇam ṛte
yoṣin-mayyeha māyayā
tat — por Brahmā; sṛṣṭa-sṛṣṭa-sṛṣṭeṣu — dentre todas as entidades vivas geradas; kaḥ — quem; nu — de fato; akhaṇḍita — não desviada; dhīḥ — sua inteligência; pumān — masculino; ṛṣim — o sábio; nārāyaṇam — Nārāyaṇa; ṛte — exceto; yoṣit-mayyā — sob a forma da mulher; iha — aqui; māyayā — por māyā.
Dentre todas as espécies de entidades vivas geradas por Brahmā, a saber, homens, semideuses e animais, ninguém além do sábio Nārāyaṇa é imune à atração de māyā sob a forma da mulher.
SIGNIFICADO—A primeira criatura viva é o próprio Brahmā, de quem foram criados sábios como Marīci, que, por sua vez, criaram Kaśyapa Muni e outros, e Kaśyapa Muni e os Manus criaram diferentes semideuses, seres humanos etc. Mas não há ninguém entre eles que não se sinta atraído pelo encanto de māyā sob a forma da mulher. Em todo o mundo material, começando de Brahmā e descendo até pequenas e insignificantes criaturas como a formiga, todos se sentem atraídos pela vida sexual. Esse é o princípio básico deste mundo material. O fato de o senhor Brahmā ter-se sentido atraído por sua filha é o exemplo vívido de que ninguém está isento da atração sexual pela mulher. A mulher, portanto, é a maravilhosa criação de māyā para manter a alma condicionada algemada.