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VERSO 32

jñāna-yogaś ca man-niṣṭho
nairguṇyo bhakti-lakṣaṇaḥ
dvayor apy eka evārtho
bhagavac-chabda-lakṣaṇaḥ

jñāna-yogaḥ — investigação filosófica; ca — e; mat-niṣṭhaḥ — voltada para Mim; nairguṇyaḥ — livre dos modos materiais da natureza; bhakti — serviço devocional; lakṣaṇaḥ — chamado; dvayoḥ — de ambos; api — além disso; ekaḥ — único; eva — certamente; arthaḥ — propósito; bhagavat — a Suprema Personalidade de Deus; śabda — pela palavra; lakṣaṇaḥ — conhecido.

A investigação filosófica culmina na compreensão da Suprema Personalidade de Deus. Após atingir esta compreensão, quando alguém se livra dos modos materiais da natureza, alcança a fase de serviço devocional. Seja diretamente através do serviço devocional, seja através da investigação filosófica, tem-se de encontrar o mesmo destino, que é a Suprema Personalidade de Deus.

SIGNIFICADO—A Bhagavad-gītā diz que, após muitas e muitas vidas de investigação filosófica, o sábio finalmente chega ao ponto de saber que Vāsudeva, a Suprema Personalidade de Deus, é tudo, motivo pelo qual se rende a Ele. Esses estudantes sérios em investigação filosófica são raros porque são almas grandiosíssimas. Se, através da investigação filosófica, alguém não puder chegar ao ponto de entender a Pessoa Suprema, não terá terminado sua tarefa. Ele ainda precisará continuar sua pesquisa de conhecimento até que chegue ao ponto de entender o Senhor Supremo ao prestar-Lhe serviço devocional.

A oportunidade para o contato direto com a Personalidade de Deus é oferecida na Bhagavad-gītā, onde também se diz que aqueles que adotam outros processos, a saber, o processo de especulação filosófica e a prática do yoga místico, têm muita dificuldade. Após muitos e muitos anos de muita dificuldade, o yogī ou filósofo sábio poderá chegar até Ele, mas seu caminho é muito incômodo, ao passo que o caminho do serviço devocional é fácil para todos. Pode-se obter o resultado de sábia especulação filosófica simplesmente praticando serviço devocional, e, a não ser que alguém chegue ao ponto de entender a Personalidade de Deus mediante sua especulação mental, toda a sua investigação será considerada mero trabalho gratuito e infrutífero. O destino final do filósofo sábio é fundir-se no Brahman impessoal, mas esse Brahman é a refulgência da Pessoa Suprema. O Senhor diz na Bhagavad-gītā (14.27) que brahmaṇo hi pratiṣṭhāham amṛtasyāvyayasya ca: “Eu sou a base do Brahman impessoal, que é indestrutível e é a bem-aventurança suprema.” O Senhor é o reservatório supremo de todo o prazer, incluindo o prazer do Brahman; portanto, afirma-se que quem tem fé inabalável na Suprema Personalidade de Deus já compreendeu o Brahman impessoal e o Paramātmā.

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