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VERSO 14

abhīkṣṇāvagāha-kapiśān
jaṭilān kuṭilālakān
ātmānaṁ cogra-tapasā
bibhratī cīriṇaṁ kṛśam

abhīkṣṇa — repetidamente; avagāha — banhando-se; kapiśān — grisalho; jaṭilān — embaraçado; kuṭila — cacheado; alakān — cabelo; ātmānam — seu corpo; ca — e; ugra-tapasā — pelas severas austeridades; bibhratī — tornou-se; cīriṇam — vestida de andrajos; kṛśam — magro.

Ela começou a banhar-se três vezes por dia, e assim seu cacheado cabelo negro gradualmente se tornou grisalho. Devido à austeridade, aos poucos seu corpo foi emagrecendo, e ela usava roupas velhas.

SIGNIFICADO—É costume do yogī, brahmacārī, vānaprastha e sannyāsī banhar-se pelo menos três vezes por dia – de manhã cedo, ao meio-dia e à noite. Esses princípios são seguidos estritamente até mesmo por alguns gṛhasthas, especialmente brāhmaṇas, que são elevados em consciência espiritual. Devahūti era filha de um rei e também quase esposa de um rei. Embora Kardama Muni não fosse rei, ele acomodou Devahūti com muito conforto num belo palácio com criadas e toda a opulência através de seu poder ióguico místico. Porém, já que ela havia aprendido austeridades mesmo na presença de seu esposo, para ela não era difícil ser austera. De qualquer modo, por submeter seu corpo a severas austeridades após a partida de seu esposo e de seu filho, ela emagreceu. Ser muito gordo não é muito bom para a vida espiritualmente avançada. Pelo contrário, devemos procurar emagrecer, visto que, se engordamos, isso é um obstáculo ao progresso na compreensão espiritual. Devemos tomar cuidado para não comer demais, não dormir demais ou não permanecer em uma posição confortável. Aceitando voluntariamente algumas penitências e dificuldades, devemos comer menos e dormir menos. Esses são os procedimentos para se praticar qualquer espécie de yoga, seja bhakti-yoga, jñāna-yoga ou haṭha-yoga.

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