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VERSO 4

sa tvaṁ bhṛto me jaṭhareṇa nātha
kathaṁ nu yasyodara etad āsīt
viśvaṁ yugānte vaṭa-patra ekaḥ
śete sma māyā-śiśur aṅghri-pānaḥ

saḥ — essa mesma pessoa; tvam — Tu; bhṛtaḥ — nasceste; me jaṭhareṇa — por meu abdômen; nātha — ó meu Senhor; katham — como; nu — então; yasya — de quem; udare — no ventre; etat — este; āsīt — repousou; viśvam — universo; yuga-ante — no fim do milênio; vaṭa-patre — sobre a folha de uma figueira-de-bengala; ekaḥ — sozinho; śete sma — Tu Te deitaste; māyā — possuindo poderes inconcebíveis; śiśuḥ — um bebê; aṅghri — Teu dedão; pānaḥ — chupando.

Como a Suprema Personalidade de Deus, Tu nasceste de meu abdômen. Ó meu Senhor, como isso é possível para a pessoa suprema, que tem em Seu ventre toda a manifestação cósmica? A resposta é que isso é possível, pois, ao final do milênio, Tu Te deitas sobre uma folha de figueira-de-bengala e, tal qual um bebezinho, chupas o dedão de Teus pés de lótus.

SIGNIFICADO—No momento da dissolução, o Senhor às vezes aparece como um bebezinho deitado sobre uma folha de figueira-de-bengala, flutuando na água da devastação. Portanto, Devahūti sugere: “Não é tão surpreendente que Te deites no abdômen de uma mulher comum como eu. Tu podes deitar-Te sobre a folha de uma figueira-de-bengala e flutuar na água da devastação como um bebezinho. Não é tão maravilhoso, portanto, que possas Te deitar no abdômen de meu corpo. Tu nos ensinas que aqueles que são muito afeitos a crianças neste mundo material e que, portanto, casam-se para gozar da vida familiar e ter filhos também podem ter a Suprema Personalidade de Deus como seu filho, e o mais maravilhoso é que o próprio Senhor chupa o dedão de Seu pé.”

Uma vez que todos os grandes sábios e devotos aplicam toda a energia e todas as atividades a serviço dos pés de lótus do Senhor, deve haver algum prazer transcendental nos dedos de Seus pés de lótus. O Senhor chupa o dedão de Seu pé para saborear o néctar ao qual os devotos sempre aspiram. Às vezes, a própria Suprema Personalidade de Deus Se pergunta quanto prazer transcendental existe dentro dEle, e, a fim de saborear Sua própria potência, Ele às vezes assume a posição de experimentar a Si mesmo. O Senhor Caitanya é o próprio Kṛṣṇa, mas Ele aparece como devoto para saborear a doçura da rasa transcendental em Si mesmo, a qual é saboreada por Śrīmatī Rādhārāṇī, a maior entre todos os devotos.

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