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VERSO 10

tasyānuraktasya muner mukundaḥ
pramoda-bhāvānata-kandharasya
āśṛṇvato mām anurāga-hāsa-
samīkṣayā viśramayann uvāca

tasya — seu (de Maitreya); anuraktasya — embora apegado; muneḥ — do sábio; mukundaḥ — o Senhor que concede a salvação; pramoda-bhāva — numa atitude agradável; ānata — para baixo; kandharasya — do ombro; āśṛṇvataḥ — enquanto ouvia assim; mām — para mim; anurāga-hāsa — com um sorriso amável; samīkṣayā — olhando particularmente para mim; viśra-mayan — permitindo que eu me pusesse completamente à vontade; uvāca — disse.

Maitreya Muni era muito apegado a Ele [o Senhor], e ouvia numa atitude complacente, com os ombros para baixo. Com um sorriso e um olhar amável para mim, tendo permitido que eu descansasse, o Senhor falou o seguinte.

SIGNIFICADO—Embora tanto Uddhava quanto Maitreya fossem grandes almas, o Senhor dedicava mais atenção a Uddhava por ele ser um devoto imaculadamente puro. Um jñāna-bhakta, ou aquele cuja devoção é misturada com o ponto de vista monista, não é um devoto puro. Embora Maitreya fosse um devoto, sua devoção era mista. O Senhor reciproca com Seus devotos com base no amor transcendental, e não com base no conhecimento filosófico ou nas atividades fruitivas. No transcendental serviço amoroso ao Senhor, não há lugar para conhecimento monista ou atividades fruitivas. As gopīs em Vṛndāvana não eram nem estudiosos altamente eruditos nem yogīs místicos. Elas tinham amor espontâneo pelo Senhor, e, por conseguinte, Ele Se tornou a vida e alma delas, e as gopīs também se tornaram a vida e alma do Senhor. O Senhor Caitanya confirmou que a relação das gopīs com o Senhor é a relação suprema. Aqui nesta passagem, a atitude do Senhor com Uddhava foi mais íntima do que com Maitreya Muni.

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