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VERSO 36

jñāto ’haṁ bhavatā tv adya
durvijñeyo ’pi dehinām
yan māṁ tvaṁ manyase ’yuktaṁ
bhūtendriya-guṇātmabhiḥ

jñātaḥ — conhecido; aham — Eu mesmo; bhavatā — por ti; tu — mas; adya — hoje; duḥ — difícil; vijñeyaḥ — a ser conhecido; api — apesar de; dehinām — para a alma condicionada; yat — porque; mām — Me; tvam — tu; manyase — entendes; ayuktam — sem ser feito de; bhūta — elementos materiais; indriya — sentidos materiais; guṇa — modos materiais; ātmabhiḥ — e o falso ego como a alma condicionada.

Embora Eu não seja facilmente reconhecível pela alma condicionada, hoje tu tomaste conhecimento de Mim porque sabes que Minha personalidade não se constitui de nenhuma coisa material nem especificamente dos cinco elementos grosseiros e dos três elementos sutis.

SIGNIFICADO—Para se conhecer a Suprema Verdade Absoluta, não é necessário negar a manifestação material, mas, sim, entender a existência espiritual como ela é. Pensar que, porque a existência material é compreendida sob formas, então a existência espiritual tem que ser amorfa é apenas uma concepção material negativa do espírito. A verdadeira concepção espiritual é que a forma espiritual não é forma material. Brahmā apreciou a forma eterna do Senhor dessa maneira, e a Personalidade de Deus aprovou a concepção espiritual de Brahmā. Na Bhagavad-gītā, o Senhor condenou a concepção material do corpo de Kṛṣṇa, a qual surge porque Ele Se apresenta aparentemente como um homem. O Senhor pode aparecer sob qualquer uma de Suas muitas e muitas formas espirituais, mas Ele não Se compõe de elementos materiais, tampouco há diferença entre Seu corpo e Seu eu. É assim que se deve conceber a forma espiritual do Senhor.

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