VERSO 2
sandhīyamāna etasmin
māyā guhyaka-nirmitāḥ
kṣipraṁ vineśur vidura
kleśā jñānodaye yathā
sandhīyamāne — enquanto introduzia em seu arco; etasmin — esta nārāyaṇāstra; māyāḥ — as ilusões; guhyaka-nirmitāḥ — criadas pelos Yakṣas; kṣipram — imediatamente; vineśuḥ — foram destruídas; vidura — ó Vidura; kleśāḥ — dores e prazeres ilusórios; jñāna-udaye — com o despertar do conhecimento; yathā — assim como.
Logo que Dhruva Mahārāja introduziu a flecha nārāyaṇāstra em seu arco, a ilusão criada pelos Yakṣas desapareceu de imediato, assim como todas as dores e prazeres materiais se extinguem quando alguém se conscientiza plenamente do eu.
SIGNIFICADO—Kṛṣṇa é como o Sol, e māyā, ou a energia ilusória de Kṛṣṇa, é como a escuridão. Escuridão significa ausência de luz; de modo semelhante, māyā significa ausência de consciência de Kṛṣṇa. A consciência de Kṛṣṇa e māyā sempre existem lado a lado. Logo que haja um despertar de consciência de Kṛṣṇa, todas as dores e prazeres ilusórios da existência material se extinguem. Māyām etāṁ taranti te: o cantar constante do mahā-mantra nos manterá sempre afastados da energia ilusória de māyā.