VERSO 7
vṛṇīhi kāmaṁ nṛpa yan mano-gataṁ
mattas tvam auttānapade ’viśaṅkitaḥ
varaṁ varārho ’mbuja-nābha-pādayor
anantaraṁ tvāṁ vayam aṅga śuśruma
vṛṇīhi — por favor, pede; kāmam — desejo; nṛpa — ó rei; yat — tudo o que; manaḥ-gatam — dentro de tua mente; mattaḥ — de mim; tvam — tu; auttānapade — ó filho de Mahārāja Uttānapāda; aviśaṅkitaḥ — sem hesitação; varam — bênção; vara-arhaḥ — digno de receber bênçãos; ambuja — flor de lótus; nābha — cujo umbigo; pādayoḥ — a Seus pés de lótus; anantaram — constantemente; tvām — sobre ti; varam — nós; aṅga — querido Dhruva; śuśruma — ouvimos falar.
Meu querido Dhruva Mahārāja, filho de Mahārāja Uttānapāda, ouvimos falar que te ocupas constantemente no transcendental serviço amoroso à Suprema Personalidade de Deus, que é conhecida por Seu umbigo de lótus. Portanto, és digno de receber todas as nossas bênçãos. Portanto, por favor, pede sem hesitação qualquer bênção que quiseres de mim.
SIGNIFICADO—Dhruva Mahārāja, o filho do rei Uttānapāda, já era conhecido em todo o universo como um grande devoto do Senhor, constantemente pensando em Seus pés de lótus. Semelhante devoto puro e imaculado do Senhor é digno de ter todas as bênçãos que os semideuses possam lhe oferecer. Ele não precisa adorar os semideuses separadamente para conseguir tais bênçãos. Kuvera, o tesoureiro dos semideuses, está pessoalmente oferecendo qualquer bênção que Dhruva Mahārāja queira obter dele. Śrīla Bilvamaṅgala Ṭhākura afirmou, portanto, que, para pessoas que se ocupam no serviço devocional ao Senhor, todas as bênçãos materiais as aguardam como criadas. Mukti-devī está esperando à porta do devoto para oferecer-lhe a liberação, ou mais do que isso, a qualquer momento. Ser devoto é, portanto, uma posição elevada. Simplesmente prestando transcendental serviço amoroso à Suprema Personalidade de Deus, é possível ter todas as bênçãos do mundo sem esforço separado. O senhor Kuvera disse a Dhruva Mahārāja que ouvira falar que Dhruva estava sempre em samādhi, ou seja, sempre pensando nos pés de lótus do Senhor. Em outras palavras, ele sabia que, para Dhruva Mahārāja, não havia nada digno de se desejar nos três mundos materiais. Ele sabia que Dhruva não pediria nada além de lembrar-se constantemente dos pés de lótus do Senhor Supremo.