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VERSO 25

maitreya uvāca
aṅgo ’śvamedhaṁ rājarṣir
ājahāra mahā-kratum
nājagmur devatās tasminn
āhūtā brahma-vādibhiḥ

maitreyaḥ uvāca — Maitreya respondeu; aṅgaḥ — rei Aṅga; aśvamedham — sacrifício aśvamedha; rāja-ṛṣiḥ — o rei santo; ājahāra — executou; mahā-kratum — grande sacrifício; na — não; ājagmuḥ — vieram; devataḥ — os semideuses; tasmin — naquele sacrifício; āhūtāḥ — sendo convidados; brahma-vādibhiḥ — pelos brāhmaṇas peritos em executar sacrifícios.

Śrī Maitreya respondeu: Meu querido Vidura, certa vez, o grande rei Aṅga providenciou a realização do grande sacrifício conhecido como aśvamedha. Todos os brāhmaṇas peritos ali presentes sabiam como convidar os semideuses, mas, apesar de seus esforços, nenhum semideus participou ou compareceu àquele sacrifício.

SIGNIFICADO—Um sacrifício védico não é uma realização ordinária. Os semideuses costumavam participar de tais sacrifícios, e os animais sacrificados em tais realizações reencarnavam-se com uma vida nova. Nesta era de Kali, não há brāhmaṇas poderosos que possam convidar os semideuses ou dar vida renovada a animais. Antigamente, os brāhmaṇas bem versados nos mantras védicos podiam mostrar a potência dos mantras, mas, nesta era, por não haver tais brāhmaṇas, todos esses sacrifícios são proibidos. O sacrifício no qual cavalos eram oferecidos chamava-se aśvamedha. Às vezes, vacas eram sacrificadas (gavālambha), não para fins alimentares, mas para lhes dar nova vida a fim de mostrar a potência do mantra. Nesta era, portanto, o único yajña prático é o saṅkīrtana-yajña, ou o canto do mantra Hare Kṛṣṇa vinte e quatro horas por dia.

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